Porto Alegre, 02 de junho de 2022 – Fogo Zero foi o nome escolhido pela
Copersucar, maior comercializadora de açúcar e etanol do mundo, para a
campanha de conscientização contra incêndios no campo, incentivando o cuidado
com as áreas de cultivo, vegetação e proteção ambiental das suas usinas
associadas. No total, a ação alcançará uma área de 10.890 km, extensão
superior a sete vezes o tamanho da capital do Estado de São Paulo (1).
O objetivo da campanha é orientar a população sobre como prevenir
possíveis focos de incêndio e, em caso de ocorrência, como e a quem
comunicar. Procura explicar também o que causa os incêndios acidentais e como
evitá-los, incentiva a denunciar queimadas criminosas e alerta para os danos
que os incêndios podem causar para a comunidade.
Os incêndios podem ocorrer durante todo o ano, principalmente em períodos
caracterizados pelo clima seco, pouca chuva, ventos fortes e altas temperaturas.
Segundo dados da Defesa Civil, o Brasil ocupa o 2 lugar entre os países da
América Latina com maior número de focos de incêndio em 2022. Foram, até
agora (30/05), mais de 14.574 focos, sendo que entre os biomas brasileiros, o
Cerrado foi o mais atingido (44,8%) seguido pela Amazônia (33,3%) e Mata
Atlântica (12,9%). O Estado de São Paulo, que possui o Cerrado e Mata
Atlântica como seus biomas predominantes, registrou 446 focos de incêndio
neste ano, volume 9% maior que o registrado em 2021. Por outro lado, através de
monitoramento constante, a Defesa Civil registrou nos últimos dois anos uma
diminuição significativa do número de focos detectados pelo satélite no
Brasil. Considerando o período de 1 de janeiro até 30 de maio, a quantidade
detectada neste ano é 15,7% menor que o mesmo período de 2020 e 17,9% mais
baixa que a registrada em 2019, se mantendo estável na comparação com o ano
passado, com queda de 0,2%.
O Secretário Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Fernando Chucre,
destacou que as parcerias e investimentos nas ações preventivas de combate aos
incêndios florestais são fundamentais para diminuição das ocorrências.
“Aqui no Estado já atuamos a cerca de 11 anos na Operação Corta-Fogo nesse
formato que reúne vários órgãos de estado e parceiros trabalhando com o
mesmo objetivo, de agir nas potenciais causas de incêndios e limitar os
impactos negativos do fogo sem controle. Neste ano, para auxiliar os municípios
nos trabalhos de contenção do fogo, o Governo de São Paulo investiu cerca de
R$145 milhões, na compra de caminhões-pipa, equipamentos de proteção
individual, treinamentos, além da manutenção de aceiros, trilhas e estradas
utilizadas para acesso aos parques e atendimento de ocorrências”.
Mesmo com um elevado grau de mecanização e tecnologia em seus processos,
principalmente nas atividades para a colheita das safras, entre as quais não
consta a prática de queima em seus canaviais, as mais de trinta usinas
associadas à Copersucar entendem a necessidade de continuar a contribuir com a
prevenção de incêndios, fazendo campanhas de educação e incentivo nas
cidades onde tem atuação.
“As usinas desenvolvem ações para a proteção ambiental da vegetação
nativa, da área produtiva de cana-de-açúcar, da qualidade do ar e da
preservação dos recursos hídricos, além do cuidado com as comunidades das
regiões em que temos atividade. Os incêndios trazem efeitos negativos para
toda a sociedade, para a economia e ao meio ambiente, colocando em risco os
moradores, impactando áreas nativas e a biodiversidade. Por isso, apoiamos as
nossas usinas associadas a manterem protocolos, treinamentos, plano de ação e
campanhas de conscientização para prevenir este tipo de ocorrência de forma a
contribuir com uma sociedade melhor”, declarou Maria Cláudia Trabulsi,
coordenadora de sustentabilidade e meio ambiente da Copersucar.
Cada uma das unidades produtivas associadas dispõe de equipes brigadistas
de prontidão, com treinamento para lidar com qualquer adversidade desta
natureza, comunicação interna para troca de informações e segurança, além
de possuírem mecanismos para evitar e combater os incêndios acidentais. As
usinas contam também com o apoio fundamental dos bombeiros socorristas das
regiões em que estão instaladas.
É o caso, por exemplo, das usinas do Grupo Cocal, que possuem dezenas de
pessoas designadas especificamente para o combate a incêndios e brigadistas
distribuídos em três turnos, das áreas agrícola e industrial. Essa equipe
conta com um cronograma mensal de treinamento com um consultor externo. Em
maquinários, possui caminhões PIPA de apoio, distribuídos entre as unidades
de Paraguaçu Paulista e Narandiba, interior de São Paulo. Trabalha também
frequência de rádio e grupo de mensagens para comunicação interna entre as
equipes.
Já a usina São Manoel, localizada no municipio de São Manuel (SP),
dispõe de dezenove caminhões tanques, três torres de vigia, três câmeras em
pontos estratégicos, sete motocicletas e uma caminhonete, além de máquinas e
equipamentos para manutenção de vias e aceiros, todos destinados a
operações desta natureza. Além disso, conta também com cinquenta e oito
brigadistas treinados ao combate de incêndios.
As três unidades do Grupo Ipiranga trazem números bem expressivos para
monitorar e combater possíveis incêndios. No total, são 206 pessoas
envolvidas nas estruturas de combate a incêndio, que conta com 122 dispositivos
e veículos, como os 29 caminhões-pipa, e 129 equipamentos de auxílio, como
abafador, pinga fogo, bomba costal e conjunto de aproximação.
Números expressivos que também são constatados nas três usinas do Grupo
Pedra Agroindustrial. Localizadas nos municípios paulistas de Buritizal,
Serrana e Nova Independência, as áreas industriais e agrícolas são cobertas
por 46 caminhões-tanque, 512 brigadistas, 10 veículos de apoio e 64
colaboradores treinados para dar apoio aos brigadistas.
Tecnologia como aliada
Inovação e tecnologia também estão presentes na prevenção e combate a
incêndios. Como exemplo, temos o monitoramento via satélite de mais de 55 mil
hectares de cana-de-açúcar realizado pelo Software Cyan Fire Alert que, a
partir desses dados, aponta focos de incêndio com rapidez e precisão,
proporcionando maior efetividade no atendimento de ocorrências. A ferramenta é
utilizada por diversos produtores de cana-de-açúcar, entre eles os grupos
Pedra Agroindustrial e Zilor. Além do monitoramento via satélite, câmeras de
longo alcance e alta resolução, localizadas estrategicamente nos municípios
paulistas de Pederneiras, Pratânia, Borebi e Lençóis Paulista, são usadas
pela Zilor para detectar fumaça a quilômetros de distância.
A população também deve fazer a sua parte
A população que vive no entorno das áreas de produção da cana também
tem um papel importante na prevenção de incêndios. Em muitos casos, o fogo
nas plantações começa nas áreas de limite do canavial, nas ruas do entorno
ou nas rodovias, provocado por ações inadequadas como jogar bituca de cigarro
no mato, descarte do lixo de forma incorreta, soltura de balões, entre outras
atividades ilegais. Um simples papel de alumínio jogado em uma vegetação seca
associado aos raios solares, pode facilmente iniciar um incêndio. Por isso, as
usinas associadas à Copersucar investem em ações de conscientização para
mudar o comportamento e as atitudes que potencializam riscos de incêndio.
Pensando nisso, o Grupo Pedra, por exemplo, mantém o Programa de Portas
Abertas, que tem como principal público alvo estudantes do ensino médio e
ensino superior que visitam a usina e recebem cartilhas de conscientização
para prevenção de incêndios.
Usinas Sócias Copersucar
1. Companhia Melhoramentos
2. Ferrari Agroindústria
3. Furlan Avaré
4. Grupo Balbo
5. Grupo Cocal
6. Grupo Maringá
7. Ipiranga Agroindustrial
8. Norte do Paraná
9. Pedra Agroindustrial
10. São Luis Bioenergia
11. Umoe Bioenergy
12. Usina Caçu
13. Usina Cerradão
14. Usina Pitangueiras
15. Usina Santa Adélia
16. Usina Santa Lúcia
17. Usina Santa Maria
18. Usina São José da Estiva
19. Usina São Luiz Ourinhos
20. Usina São Manoel
21. Viralcool
22. Zilor
(1) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/sp/sao-paulo.html: área total das
usinas da Copersucar em 2021 foi de 1.088.993,01 hectares (ou 10.889,93 km2)
dividido pela área do município de São Paulo de 1.521,202 km.
As informações partem da assessoria de imprensa da Copersucar.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45