Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2022 – A Cosan informou que a decisão de
sair do investimento em mobilidade por meio da Mobitech, joint venture, com a
Porto Seguro está atrelada à necessidade de ajuste de portfólio e decisão de
investimentos em relação ao cenário macroeconômico mais desafiador no
Brasil, com cenário de juros bem mais altos e inflação acentuada, que não
estava na conta da empresa ao anunciar os investimentos. A companhia também
disse que irá recomprar ações da Raízen e abrir o capital da Compass.
“Não faz sentido aplicar tanto capital no negócio (de mobilidade) no atual
cenário macroeconômico do Brasil. Já em relação ao projeto de mineração,
há mais flexibilidade na alocação de capital e a companhia está satisfeita
com o ativo. Sobre a Radar, a companhia também está satisfeita com os
investimentos realizados”, disse Marcelo Martins, vice-presidente de
estratégia da Cosan. “Os ajustes de portfólio são naturais em relação à
mudança de conjuntura. Nossas prioridades são comprar a Rumo, recomprar a
Raízen e ativos da companhia”, acrescentou.
O projeto de mineração foi anunciado em agosto de 2021, por meio do qual a
Cosan assinou um memorando de entendimentos vinculante (MoU) com uma sociedade
do Grupo Paulo Brito, fundador e controlador da Aura Minerals (AURA33), para a
formação de uma joint venture para a exploração de minério de ferro, que
deverá ser escoado pelo Porto, com o nome JV Mineração. “Esse projeto deve
ter mais investimentos em 2023”, disse o executivo.
“A Gaspetro continua no nosso radar. O desafio no mercado de gás é criar
demanda. O caminho é a eficiência e desenvolver soluções para ampliar o
mercado”, disse Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan.
Os executivos disseram que pretendem fazer a oferta pública inicial de
ações (IPO, na sigla em inglês) da Compass e da Moove, mas que vão esperar
um momento mais adequado para realizar a operação. “A Moove tem posição
líquida de caixa e vamos buscar uma aquisição para acelerar o seu
crescimento”, disse Martins.
A companhia disse que propôs à B3 recomprar os papéis da Raízen como uma
forma de encontrar uma equação para chegar numa liquidez mínima do papel.
“Estamos insatisfeitos com a liquidez do papel. Nesse momento, o objetivo é
recomprar a ação e quando fizer sentido, vamos revender. Isso demandará um
esforço por parte dos acionistas para encontrar um momento ideal para revender
o papel com a liquidez adequada”, completou.
A companhia disse que não há mudança em relação à dívida estrutural,
mas que poderá fazer ajustes caso o cenário de juros piore no futuro. “Somos
uma holding que gera portfólio, com foco em crescimento, nosso movimento é
pontual, por conta do cenário, que penaliza quem assume dívida e visa o
crescimento. Não pensem que não vamos mais crescer. Se houver mudança no
cenário de juros e menor nível de incerteza política, vamos repensar a
estratégia e isso será comunicado com clareza”, explicou.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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