Porto Alegre, 21 de junho de 2022 – Apesar da expectativa de redução da
pressão sobre a Petrobras após o anúncio da renúncia do presidente da
Petrobras José Mauro Coelho, o mercado segue monitorando outras medidas a serem
tomadas pelo Executivo e pelo Legislativo, o que deve manter a volatilidade das
ações da estatal no radar.
Nesta manhã, enquanto o ministro das Minas e Energia Adolfo Sachsida é
sabatinado na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados sobre os
preços dos combustíveis praticados pela Petrobras as ações tinham leve alta.
Às 10h53 (horário de Brasília), as ações ordinárias (PETR3) subiam 0,33%
e as preferenciais (PETR4) tinham alta de 0,03%.
Ontem, em discussão sobre o aumento do preço dos combustíveis, o
presidente da Câmara Arthur Lira propôs uma mudança na Lei das Estatais,
13.303, para permitir maior sinergia entre as estatais e o governo do momento.
Também seguem no radar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) contra a Petrobras – o que deve perder força após a renúncia do
presidente, anunciada ontem – e um aumento de impostos sobre o lucro do setor de
petróleo e gás.
O governo federal também avalia a possibilidade de converter ações
preferenciais da Petrobras em ordinárias para que a União deixe de ser
controladora da empresa.
Para o estrategista de ações da Genial Investimentos Filipe Villegas, a
última opção parece a mais improvável. “Todas essas manobras são negativas
para a Petrobras, pois geram ruído e tendem a deixar os preços da estatal
pressionados. Essas medidas tiram uma correlação que a Petrobras deveria ter
com uma movimentação dos preços do petróleo nos mercados internacionais e
tudo acontece diante da tentativa do governo de querer passar uma mensagem de
que não tem culpa pelos preços dos combustíveis, com base nas pesquisas
divulgadas. Se tudo que está sendo discutido for para frente, qualquer medida
acaba sendo negativa para a Petrobras, mas vamos ver como isso avança ou se é
só uma jogada para tentar amenizar os efeitos impopulares que uma inflação
causa para todo governo, principalmente por conta do aumento dos preços dos
combustíveis”, comentou o
analista.
Para a corretora Ativa Investimentos, a possibilidade de ocorrência de
conversão de ações preferenciais em ordinárias e por conseguinte, a
diluição da participação do governo no controle da empresa é uma notícia
muito positiva para as ações da companhia. “Ainda assim, materialização
deste processo não seria simples, sendo necessária aprovação no congresso e
Senado, no TCU (Tribunal de Contas da União), bem como a alteração do
estatuto da empresa. Por hora, temos este evento com baixa probabilidade de
ocorrer”, comentou a Ativa. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
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R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45