Porto Alegre, 22 de março de 2022 – A JBS espera que a guerra na Ucrânia
trará impactos para a cadeia de fornecimento e para os custos de produção da
companhia globalmente.
No Brasil, a JBS tem perspectiva positiva para o mercado de grãos, com
melhor condição climática em relação a 2021, mas com pressão por conta do
conflito na Ucrânia no primeiro semestre, o que deve impactar as margens da
Seara, com maior inflação de custo e impacto nas exportações do primeiro
trimestre. “Estamos trabalhando na melhoria de mix, repasse de custo no preço
neste começo de ano e com cenário mais desafiador para esse repasse no
Brasil”, disse Wesley Batista Filho, CEO da JBS na América Latina, Oceania e
plant-based, na apresentação pública de resultados do quarto trimestre e 2021
ao mercado.
“Resumindo, vemos um impacto maior neste trimestre por conta do conflito
na Ucrânia para o custo de grãos”, concluiu.
A companhia afirma que apesar da situação pontual do mercado global e da
maior pressão de custos no Brasil, tem ampliado mercado com a marca Seara e
espera ter bons resultados com a venda de alimentos preparados no Brasil.
No mercado externo, a companhia afirma estar conseguindo repassar os custos
com mais facilidade.
No entanto, o CEO da JBS USA disse que avalia a volatilidade dos preços e
o comportamento do consumidor norte-americano com a alta da gasolina e a perda
de incentivos do governo, mas acredita que a demanda por proteína permanecerá
forte. O executivo disse que o custo de produção da companhia na região no
quarto trimestre de 2021 foi 30% e 45% acima do registrado antes da pandemia de
Covid.
“A produção de porco cairá em relação a 2021, mas de frango deve
subir. Em gado, também espera redução da oferta no ano. O primeiro trimestre
está com demanda forte nas três proteínas, mas a companhia não espera
repetir as margens de 2021, que devem ficar em patamares superiores ao
histórico da companhia”, disse André Nogueira, CEO da JBS USA.
A demanda internacional e a produção vão definir os preços e devem
acelerar a demanda de frangos em 2022, disse o executivo.
A companhia disse estar otimista com o aumento da produtividade esperado
para 2023, quando deve ter animais de melhor qualidade para o abate.
“Em 2050, teremos 10 bilhões de pessoas e o consumo de proteína deve
crescer 70%, especialmente com a demanda da África e da Ásia. A tendência é
aumentar o consumo global de carne bovina”, avalia o presidente da JBS.
Em relação à abertura de capital da JBS nos Estados Unidos, Tomazoni
disse que o objetivo da listagem “é destravar valor para os acionistas, mas
que, para isso, é preciso fazer isso no momento certo e nós faremos isso”,
comentou.
A JBS disse que seguirá avaliando novas oportunidades de fusões e
aquisições e que isso faz parte de sua estratégia de crescimento e que
também está ativa em investimentos greenfield, tendo aportado R$ 5,4 bilhões
em 2021, disse o presidente da JBS, Gilberto Tomazoni, na apresentação de
resultados do quarto trimestre e 2021 ao mercado.
Em relação ao pagamento de dividendos, o diretor financeiro da companhia
disse que espera ter lucro líquido positivo e significativo em 2022 e pagar um
bom nível de dividendos aos acionistas com o excedente. Em 2021, a companhia
retornou R$ 18 bilhões aos acionistas por meio de recompra de R$ 10,6 bilhões
em ações e distribuição de R$ 7,4 bilhões em dividendos. Com informações
da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
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R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 31/07/2025 11:10