Porto Alegre, 16 de maio de 2023 – O lucro líquido do Banco do Brasil (BB) aumentou 28,9% no
primeiro trimestre, para R$ 8,55 bilhões, enquanto o resultado ajustado – que remove os efeitos de
ganhos ou despesas não recorrentes – ficou positivo em R$ 8,21 bilhões, subindo 22,9% em relação
a um ano antes. O resultado se traduz pelo crescimento responsável da carteira de crédito, com
performance positiva em todos os segmentos, pela inadimplência sob controle e pelo foco na
diversificação de receitas e controle de custos, informou a companhia, em seu relatório de
resultados do 1T23.
O retorno sobre o patrimônio líquido (RoE, na sigla em inglês) anualizado e calculado com
base no patrimônio líquido contábil deduzido das participações minoritárias – que o Banco do
Brasil chama de RSPL Mercado – cresceu 2,8 pontos porcentuais (pp) no primeiro trimestre, para 21%,
enquanto o chamado RoE Ajustado – que deduz participações minoritárias nas controladas e os
planos de benefícios – aumentou 2,9 pp, para 20,8%.
A carteira de crédito do Banco do Brasil aumentou 16,8%, para R$ 1 trilhão na comparação em
12 meses. Na comparação com o quarto trimestre de 2022, houve alta de 2,7%. O valor considera
carteira de crédito classificada adicionada das operações com títulos e valores mobiliários
privados (TVM privados) e das garantias prestadas. Em ambos os períodos de comparação foram
observados desempenhos positivos em todos os segmentos negociais.
A carteira ampliada PF cresceu 3,6% no trimestre e 11,7% em 12 meses, influenciada pelo
desempenho do crédito consignado (+3,0% no trimestre e +9,6% em 12 meses), do crédito não
consignado (+3,7% no trimestre e +9,3% em 12 meses) e pelas carteiras adquiridas de financiamento de
veículos (+67,4% no trimestre e +126,8% em 12 meses).
A carteira ampliada PJ registrou incremento trimestral de 1,0% e de 12,7% em 12 meses, com
ênfase para os crescimentos de operações com recebíveis (+11,6% no trimestre e +24,8% em 12
meses) e de capital de giro (+1,4% no trimestre e +10,7% em 12 meses). Destaque para os desembolsos
de R$ 2,5 bilhões no trimestre realizados na linha do Pronampe.
A Carteira Ampliada Agro expandiu 4,1% no trimestre e 26,7% em 12 meses, com ênfase para as
operações de custeio (+4,2% no trimestre e +45,6% em 12 meses) e de investimento (+7,6% no
trimestre e +49,8% em 12 meses).
A taxa de empréstimos inadimplentes há mais de 90 dias cresceu 0,73 pp em relação a um ano
antes, para 2,62% da carteira de crédito ampliada.
A despesa do Banco do Brasil com provisões para devedores duvidosos (PDD) levando em
consideração a recuperação de crédito, descontos concedidos e imparidade aumentou 112,3% no
primeiro trimestre, para R$ 5,86 bilhões. “No 1T23, mudanças societárias no controle acionário
de cliente específico do segmento Large Corporate setor agroindustrial, que teve processo de
recuperação judicial homologado em 2019, ensejaram em mudança de perfil da dívida da companhia.
Esta operação impactou os componentes da despesa de PCLD Ampliada (Risco de Crédito e Perda
por Imparidade)”, explicou o banco, fazendo menção ao calote da Americanas.
“Houve a liquidação de operação de crédito bancário, concomitante à emissão de
debêntures com reconhecimento imediato de perda por imparidade em 100% do valor de face do título
emitido, com impacto neutro na PCLD Ampliada”, acrescentou o BB.
O índice de cobertura (relação entre o saldo de provisões e o saldo de operações vencidas
há mais de 90 dias) foi de 202,7%, impactada pelo reperfilamento de dívida de cliente específico,
em recuperação judicial desde 2019. Desconsiderando este efeito, a cobertura do período seria de
213,3%. As informações são da Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45