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EMPRESAS: Preço do boi e dólar ainda devem prejudicar margens da Marfrig

12 de maio de 2021
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Porto Alegre, 12 de maio de 2021 – Com o preço da arroba do boi ainda alto
e o dólar em queda, a Marfrig prevê que será difícil para as empresas do
setor recuperar margens e rentabilidade nos próximos meses, embora já tenha
ocorrido algum aumento na oferta de gado a partir de maio. A empresa também
afirma que segue direcionando sua produção para exportação e para o segmento
de produtos industrializados diante de uma redução do consumo de carne no
mercado doméstico e da demanda crescente da China

“Analisando o primeiro trimestre tivemos realmente situação de margens
muito baixas. Vemos uma correção, mas muito leve, com melhora de volume, mas
não vejo cenário de grande rentabilidade no Brasil ainda. O cenário é de
arroba ainda alta e com dólar caindo, vai ser exercício desafiador para
empresas brasileiras”, disse o diretor-presidente da Marfrig, Miguel Gularte,
em teleconferência de analistas sobre os resultados do primeiro trimestre.

A companhia já havia dito que há uma restrição de oferta de gado no
Brasil neste começo de ano, o que refletiu em preços mais altos. Porém,
Gularte disse que já houve um aumento da oferta vista a partir de maio.

O presidente da Marfrig também disse que as margens dependem de muitos
fatores e que para ter um panorama mais claro daqui para frente é preciso ver
como irá se consolidar a demanda mundial e chinesa. Até o momento, no entanto,
está otimista com a demanda da China, para onde também conseguiram exportar
mantendo preços.

“Frente a uma menor oferta de matéria-prima direcionamos para
exportação e para industrializados, que de 8% da nossa receita passaram a
representar 18% da receita. No caso da exportação, capitalizamos vantagem de
ter três plantas habilitadas para China, que continua sendo grande driver de
exportações brasileiras. A China tinha uma lógica onde havia renegociação
de preços quando a carteira ficava muito alongada, mas esse ano não foi feito
isso, estamos hoje em momento bom de preços”, afirmou.

O executivo ainda disse que a menor oferta de gado no Brasil também foi
compensada exportando a partir do Uruguai, onde o abate estava crescendo.

MERCADO DOMÉSTICO

Ainda sobre o mercado interno, Gularte disse que o consumo de carne no
Brasil já teve “uma redução importante” e que o novo auxílio emergencial
que está sendo pago pelo governo não está tendo o mesmo efeito positivo que
teve no ano passado, quando teve um valor maior. Com isso, não prevê uma
melhora no curto prazo.

“Estamos há mais de um ano em pandemia, o que dificulta emprego e renda,
e a carne subiu de preço. Houve uma diminuição importante no consumo per
capita de carne no Brasil e nao vejo o País entrando ainda em processo de
equilíbrio, mas vai haver em algum momento um ajuste”, afirmou. As
informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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