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EMPRESAS: Vibra e Brasil BioFuels firmam parceria em combustível de aviação

14 de abril de 2022
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Porto Alegre, 14 de abril de 2022 – A Vibra Energia e a Brasil BioFuels
(BBF) anunciram uma nova parceria: a produção e comercialização de
combustível sustentável de aviação, conhecido como SAF (Combustível
Sustentável de Aviação), a partir do óleo de palma. A BBF fará o
investimento industrial, de cerca 2 bilhões de reais, na construção da
biorrefinaria, na Zona Franca de Manaus, onde serão produzidos o HVO e o SAF,
com volume estimado em 500 mil m por ano, o equivalente a 2% da demanda Brasil
da Vibra de QAV+DIESEL e 24% da região Norte.

A Vibra não fará aporte financeiro e atuará como offtaker individual, com
exclusividade sobre a produção por 5 anos, possível de ser renovado por mais
5 anos, e se valerá da sua capilaridade de distribuição e força comercial
para acessar clientes que estão em busca de soluções sustentáveis e
ajudá-los a fazer sua descarbonização. Esta será a primeira produção no
Brasil de biocombustível para a aviação em escala industrial, com
oportunidade também de geração de créditos de carbono.

Um acordo de offtake ocorre entre um produtor e um comprador para adquirir
ou vender porções dos próximos bens do produtor e revela a credibilidade e
robustez da Vibra, pois a sua presença contribui para viabilizar o
financiamento do projeto, além de conferir segurança na colocação dos
produtos no mercado, por conta da capacidade logística e comercial.
Normalmente, é negociado antes da construção de uma instalação para
garantir um mercado para atuação futura.

É o caso dessa biorrefinaria, que entrará em operação no primeiro
semestre de 2025 e também será responsável, além do SAF, pela produção do
HVO (sigla em inglês para óleo vegetal hidrotratado ou diesel verde), produto
da primeira parceria entre as duas companhias, anunciada em novembro de 2021. A
previsão é de que o SAF e o HVO sejam disponibilizados ao mercado brasileiro
entre 2025 e 2026.

Tanto o HVO quanto o SAF são uma solução “drop-in”, ou seja, podem
ser misturados ao combustível de origem fóssil e substituir, de forma integral
e imediata, o diesel e o querosene de aviação, respectivamente, sem
necessidade de adaptações, com um custo de produção competitivo em relação
ao diesel e ao QAV fóssil.

O SAF será, num primeiro estágio, misturado ao combustível tradicional da
aviação (QAV), porém, os percentuais mínimos obrigatórios ainda estão em
discussão. A expectativa é de que a participação do biocombustível seja
gradualmente ampliada até que seja a maior parte do tanque.

O principal objetivo desta união é potencializar a descarbonização da
economia e, ainda, promover o desenvolvimento da Região Amazônica, em linha
com as diretrizes estratégicas da Vibra e da BBF, de focar em negócios
voltados à transição rumo a fontes energéticas mais limpas e renováveis.

Da produção

O plano segue a essência de verticalização agrícola da BBF, operando
desde o plantio da palma em áreas degradadas, produção do óleo vegetal até
a manufatura do biocombustível.

A produção majoritária do óleo de palma, principal matéria-prima para a
produção de SAF, será realizada nas instalações da BBF localizadas no
município de São João da Baliza, interior de Roraima. O local foi escolhido
por já ser um polo relevante de produção de óleo da palma da BBF, além das
condições climáticas favoráveis, disponibilidade de terras produtivas
preferenciais dentro zoneamento agroecológico da palma e vantagens logísticas
para transporte do óleo vegetal.

Através da expertise dos sócios e das sinergias geradas, a nova refinaria
do biocombustível irá agregar valor para toda cadeia nacional, aumentando a
eficiência logística e beneficiando todo o mercado, no caso, notadamente para
as empresas da aviação.

A produção de mais um biocombustível em território brasileiro visa ainda
contribuir para aumentar a oferta por biocombustíveis, numa progressiva
redução do consumo de combustíveis fósseis. O cultivo da palma será em
áreas consideradas degradadas da região amazônica e certificadas, autorizadas
para plantio conforme Decreto n 7.172/2010, e contribui para a
descarbonização, com a significativa geração de créditos de carbono. Até
2026, mais de 120 mil hectares de palma serão plantados, com uma capacidade da
área já certificada de 31 milhões de hectares. Em 20 anos, pode-se obter 14,8
milhões de créditos de carbono.

Dessa forma, além de possibilitar o reflorestamento de áreas desmatadas, a
parceria entre a Vibra e a BBF irá fomentar a criação de infraestruturas
sustentáveis e a promoção de bioeconomias, gerando empregos e criando
oportunidades de renda, fortalecendo o desenvolvimento local, além de
contribuir com a recuperação da floresta amazônica.

Verticalização da cadeia

Como offtaker individual da parceria, a Vibra utilizará sua robusta
infraestrutura local e esforço comercial para distribuir o combustível de
aviação ao mercado adquirido diretamente da biorrefinaria. A escala gerada por
essa parceria vai permitir melhor otimização logística, com monitoramento
constante da oferta e da demanda, possibilitando uma visão ampla de todos os
processos da cadeia em tempo real.

O projeto se beneficiará da competência técnica e agrícola da BBF para
produção de biocombustíveis e da expertise reconhecida da Vibra para a
comercialização e distribuição. Além disso, a localização em Manaus
possibilita uma vantagem competitiva com incentivos fiscais da região
amazônica para criação de uma cadeia sustentável do biocombustível de ponta
a ponta.

Embora a prioridade seja atender os clientes que operam no Brasil, a
sinergia entre as empresas trará a possibilidade de expansão para mercados
internacionais.

O cultivo e a biorrefinaria, desenvolvidos pela BBF, seguirão as melhores
práticas de governança e conformidade, com a transparência necessária
perante os órgãos reguladores e demais stakeholders. A conclusão do negócio
ainda está sujeita a determinadas condições precedentes, entre elas a
análise dos entes competentes, como o CADE e a ANP.

“Esta parceria é estratégica, pois trata-se da primeira produção no
Brasil de um biocombustível para a aviação, que vai impactar toda a cadeia de
abastecimento do segmento. O SAF é uma das alternativas mais promissoras para
a transição energética, pois é produzido por meio do processamento de
matéria-prima renovável, como a palma, e contribui para a redução das
emissões de carbono, além de contribuir com o NetZero, com a plantação em
áreas degradadas da Amazônia e a geração de crédito de carbono, em linha à
estratégia de transição energética da Vibra. O diesel verde, que também
vamos produzir nessa planta, já é o terceiro biocombustível mais usado no
mundo e aquele cuja produção mais cresce, com alta estabilidade e teores
mínimos de contaminantes. Ambos podem ser misturados ao combustível de origem
fóssil e substituir, de forma integral e imediata, o diesel e o querosene de
aviação, respectivamente, sem necessidade de adaptações, com um custo de
produção competitivo em relação ao diesel e ao QAV fóssil”, afirma Wilson
Ferreira Jr, presidente da Vibra.

“A BBF tem atuado na descarbonização da Amazônia, concentrando suas
atividades no Norte do país e, ao mesmo tempo, gerando emprego e renda. Nosso
modelo de negócio demonstra que a própria região nos oferece as soluções
sustentáveis para substituir os combustíveis fósseis”, ressalta Milton
Steagall, presidente da BBF.

As informações partem da assessoria de imprensa das empresas.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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