Agronegócio

Estudo da CNA mostra oportunidades para o agro pós-Brexit

21 de dezembro de 2020
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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) elaborou o estudo “Brexit e o novo regime tarifário britânico – Mudanças e oportunidades para o setor agropecuário brasileiro”.

A partir de janeiro de 2021 entrará em vigor o novo regime tarifário britânico pós-Brexit (UK Global Tariffs). Alguns produtos terão suas alíquotas de importação desgravadas, ou seja, reduzidas a zero. Outros terão tarifas simplificadas e uma terceira categoria será de produtos com taxas reduzidas, além da medida de simplificação.

Ao todo, a proposta do Reino Unido altera as tarifas de importação aplicadas sobre 563 produtos do agronegócio.

O estudo aponta a importância do mercado britânico para o setor agropecuário brasileiro e tem como objetivos analisar o novo perfil tarifário do Reino Unido após o Brexit e apontar produtos para os quais o Brasil possui capacidade de oferta.

O documento está dividido em duas seções: caracterização do comércio exterior Brasil-Reino Unido e oportunidades a partir do novo regime tarifário.

Os bens para os quais as alíquotas foram reduzidas representaram 47,3% do comércio de produtos do agronegócio mundial com o Reino Unido. Quanto ao comércio com o Brasil, o montante liberalizado equivale a US$ 533 milhões (valor referente a 2019).

Frutas como os limões que tiveram reduções tarifárias de até 14 pontos percentuais, ao se comparar com as tarifas máximas aplicadas pela União Europeia para o produto. As alíquotas aplicadas sobre uvas e maçãs também foram reduzidas. Vinhos e cacau em pó foram liberalizados e poderão ingressar no mercado britânico sem a necessidade do pagamento de imposto de importação.

Um dos setores mais beneficiados é o de óleos essenciais, que tiveram as tarifas liberalizadas para todos os produtos. De acordo com o estudo, o Brasil é um importante fornecedor de óleos essenciais de laranja ao Reino Unido, representando, em 2019, um marketshare de 33,4% das importações totais do mercado.

Confira o estudo na íntegra aqui.

Fonte: CNA

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