Agronegócio

Estudo sobre doença em bovinos aponta necessidade de ações

3 de novembro de 2015
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Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul concluíram através de Acordo de Cooperação Técnica com Fundesa, Ministério e Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, um estudo sobre diarreia viral bovina (BVDV) em rebanhos leiteiros. A doença provoca problemas reprodutivos e, em consequência, prejuízos econômicos diretos, especialmente em pecuária leiteira. Segundo o professor Luís Gustavo Corbellini, o BVDV tem uma presença bastante forte no estado, atingindo 24% do rebanho, conforme resultados do estudo
Os principais sintomas são retorno de cio em função das perdas embrionárias e aborto. “A forma mais grave é a diarreia aguda. Causa ainda queda no sistema imunológico, deixando os animais suscetíveis a outras enfermidades.” A diarreia viral bovina pode ser transmitida pelo contato entre animais infectados ou através da placenta para o feto em vacas prenhas. “Este indivíduo que é infectado durante a prenhez nasce o que chamamos de persistentemente infectado, que é um grande problema para as propriedades, pois excreta grandes quantidades de vírus”, explica Corbellini.
Atualmente não existe uma política pública para o controle da doença e essa é uma das principais recomendações do estudo. “Fica claro que precisamos dar mais atenção a este tema”, diz o presidente do Fundesa, Rogério Kerber. O chefe do Departamento de Saúde Animal do Mapa no RS, Bernardo Todeschini afirma que os Estados Unidos já trabalham na erradicação desta doença. “Não tem o mesmo impacto de outras enfermidades, mas é preciso estar atento ao que os mercados dizem sobre ela”, conclui.
Acordo de cooperação técnica
O resultado da pesquisa foi anunciado na manhã desta sexta-feira (30), no Fundesa, durante apresentação dos resultados do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre Ufrgs, Fundesa, Secretaria e Ministério da Agricultura.
O ACT, que tem duração de quatro anos, termina em 2016. Desde o início das atividades, o Fundesa investiu em torno de R$ 400 mil em três grandes eixos de atuação: pesquisa aplicada à defesa sanitária, assessorias (para resolução de problemas pontuais na área da defesa) e capacitação de médicos veterinários do serviço oficial. Até agora já foram treinados 160 servidores e a expectativa é chegar em abril de 2016 com 220 pessoas capacitadas.
Um novo trabalho fruto do ACT está começando a apresentar resultados. Os pesquisadores estão mapeando produtos que possam oferecer maior risco de apresentar contaminações como Salmonella e Listeria, que provocam diversos danos à saúde pública.

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