Porto Alegre, 23 de abril de 2020 – O Brasil alcançou a maior produção
de etanol da história, com um total de 35,6 bilhões de litros provenientes da
cana-de-açúcar e do milho. Isso representa um acréscimo de 7,5% em
comparação a 2018/19. A confirmação de recorde é do 4o Levantamento da
safra 2019/20 de cana-de-açúcar, divulgado nesta quinta-feira (23) pela
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O boletim mostra também que a estimativa de produção total de etanol a
partir da cana-de-açúcar é de 34 bilhões de litros, um aumento de 5,1% sobre
a safra passada. Já a produção total de etanol à base de milho mais que
dobrou nesta safra. Saiu de 791,4 milhões de litros em 2018/19 para 1,6 bilhão
de litros nesta temporada.
O etanol anidro da cana-de-açúcar, que é utilizado na mistura com a
gasolina, teve aumento de 8,5%, alcançando 10,1 bilhões de litros. O anidro
extraído do milho alcançou 390,7 milhões de litros, 66,8% superior à
temporada passada. O total de etanol hidratado de cana-de-açúcar deve ficar em
23,9 bilhões de litros, incremento de 3,7%. Enquanto o que deriva do milho
alcançará 1,25 bilhão de litros, 124,5% a mais em comparação a 2018/19.
As condições climáticas verificadas nas principais regiões produtoras
favoreceram a produção de cana-de-açúcar, que apresentou incremento no seu
rendimento médio. Com o término da safra 2019/20, houve a confirmação do
crescimento na produção da cana-de-açúcar em comparação à temporada
passada. Foram mais de 642,7 milhões de toneladas colhidas, representando
aumento de 3,6% em relação a 2018/19.
A área colhida ficou em 8,4 milhões de hectares. Neste caso houve uma
redução de 1,7%. Isso se deu porque fornecedores que tiveram seus contratos
encerrados migraram para outras culturas, além de áreas não propícias à
colheita mecanizada.
O Sudeste manteve a liderança na produção, com mais de 415 milhões de
toneladas colhidas, indicando acréscimo de 3,7% em comparação a 2018/19. No
Centro-Oeste houve crescimento de 1,5% na área colhida, atingindo 1,8 milhões
de hectares. Somado ao incremento na produtividade média, a produção foi 2,6%
superior à safra anterior, chegando a 140,4 milhões de toneladas. No
Nordeste, as condições climáticas foram mais favoráveis à cultura. Com
isso, a região colheu cerca de 49,1 milhões de toneladas, representando
acréscimo de 10,6%.
Houve redução de 6,7% na área colhida do Sul, principalmente nas que
foram reconvertidas para a produção de grãos. O total produzido foi de 34,4
milhões de toneladas. O Norte, que é responsável por menos de 1% da
produção nacional, também teve sua área cultivada reduzida em 8,1%, mas
concluiu a produção em 3,7 milhões de toneladas, devido ao melhor rendimento
nesta safra.
Finalmente, com relação ao açúcar, a produção foi de 29,8 milhões de
toneladas, crescimento de 2,6% em relação ao produzido na safra 2018/19.
COVID 19
Para atender as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e
também do governo federal, em relação ao combate à pandemia de COVID-19,
excepcionalmente para esse estudo os levantamentos foram realizados por meios
eletrônicos, como contato telefônico e e-mail, em substituição às visitas a
todas as unidades de produção, que ocorrem usualmente. Contudo, isso não
comprometeu a qualidade das informações, graças à expertise da Conab na
coleta de informações e à network de parceiros no setor sucroalcooleiro. As
informações partem da assessoria de imprensa da Conab.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 31/07/2025 11:10