Porto Alegre, 18 de agosto de 2022 – O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e
Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, destacou, nessa terça-feira (16), durante a 28 Fenasucro &
Agrocana, em Sertãozinho, interior de São Paulo, a importância de o setor trabalhar com horizonte
estratégico de longo prazo.
Temos que ter em nosso horizonte um posicionamento claro. Precisamos estabelecer uma prateleira
de oportunidades para o futuro. E a boa e a má notícia é que essa é uma decisão nossa. O
elemento mais fundamental do mercado, que é demanda por energia de baixo carbono, já está dado.
Temos demanda crescente e oferta escalável. O que precisamos é propósito, visão estratégica e
muito trabalho. Vamos olhar para a frente e garantir o match desse processo, afirmou o presidente da
Unica.
O futuro do setor também foi tratado pelo presidente de Honra desta edição da feira e
presidente do Conselho de Administração da Copersucar, Luis Roberto Pogetti. Na cerimônia de
abertura, ele reforçou que o setor tem a oportunidade de ouro por ter tecnologia e produto
disponíveis para atender a dois dos principais desafios globais: alimentação e descarbonização.
No entanto, afirmou Pogetti, ainda há muito trabalho a ser feito. Só vamos conseguir explorar
esse futuro se a gente tiver produtividade. Temos que produzir mais, com menos recursos. Temos que
dobrar a nossa produtividade em 15, 20 anos, disse.
Reconhecimento
Outro tema em destaque no evento foi a geração de bioeletricidade. Nesta quarta-feira (17),
foram homenageadas 61 usinas, dez comercializadoras de energia elétrica e cinco consumidores,
detentores do Certificado e do Selo Energia Verde. A homenagem ocorreu durante o Seminário de
Bioeletricidade UNICA/CEISEBR.
O Programa de Certificação da Bioeletricidade Energia Verde foi criado em 2015 pela Unica, em
parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Associação Brasileira
dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL), que emitem o Certificado e o Selo Energia Verde. O
Certificado Energia Verde é concedido a usinas sucroenergéticas; já o Selo Energia Verde pode ser
solicitado e concedido a consumidores no mercado livre e comercializadoras que adquiram
bioeletricidade das usinas detentoras do Certificado Energia Verde, desde que atendam aos critérios
estabelecidos nas Diretrizes Gerais do Programa.
Criamos o primeiro projeto do mundo focado na produção de energia estritamente a partir da
biomassa da cana-de-açúcar, e estamos muito satisfeitos em ver como geradores e comercializadoras
de energia elétrica ampliam o portfólio de fontes renováveis e de baixa pegada de carbono para
atender à demanda pelo consumo responsável, comentou o gerente de Bioeletricidade da Unica, Zilmar
de Souza.
Ao longo de 2022, as 61 unidades detentoras do Certificado Energia Verde devem produzir mais de
11 mil GWh, sendo 65% exportados para a rede e o restante (35%) destinado ao autoconsumo das usinas
sucroenergéticas. Trata-se de uma geração renovável equivalente a quase 40% da geração da
Usina Belo Monte em 2021 ou a atender mais de 6 milhões de unidades consumidoras residenciais,
além de evitar a emissão estimada de 4,2 milhões tCO2, marca que somente seria atingida com o
cultivo de 30 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.
As informações partem da assessoria de imprensa da UNICA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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Atualizado em: 26/06/2025 13:30