safras

ETANOL: Oferta deve aumentar em Minas Gerais ao longo do ano

15 de março de 2022
Compartilhe

Porto Alegre, 15 de março de 2022 – Com estimativa da safra de
cana-de-açúcar maior que a do ano anterior e estoques, a tendência é de que
a oferta de etanol hidratado seja superior em Minas Gerais ao longo de 2022.
Apesar de ter os preços atrelados aos da gasolina, que vêm apresentando alta,
o setor acredita que o biocombustível chegará ao consumidor com preços
competitivos e com paridade favorável frente à gasolina.

Desde novembro de 2021, os preços recebidos pelos produtores estavam em
queda, situação que foi revertida na última semana, quando o litro passou de
uma média de R$ 2,90 para R$ 3,19. A correção é importante para os
produtores, que enfrentam custos cada dia mais elevados, puxados pelos preços
dos fertilizantes, diesel e demais despesas.

O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas
Gerais (Siamig), Mário Campos, acredita que o ano pode ser mais favorável para
o consumo do etanol hidratado, já que haverá oferta maior. Desde fevereiro, a
paridade entre o etanol e a gasolina está mais favorável para o
biocombustível.

“No ano passado, o consumo de etanol caiu. Estamos em entressafra e
trabalhamos com estoque acumulado ao longo da safra para atendimento do mercado.
Desde novembro, o preço pago ao produtor vinha apresentando redução, isso
porque naquele momento a oferta estava excedendo a demanda projetada e o preço
caiu. Esta redução chegou ao consumidor a partir de fevereiro. O consumidor
observou preços mais atrativos, houve uma volta do consumo considerável e
estamos observando em março também”, avaliou.

Em relação aos preços, Campos explica que tem dois aspectos que definem a
cotação do etanol. O primeiro é o balanço oferta e demanda. Desde o final
do ano passado, a oferta maior de etanol fez com que os preços, mesmo em
entressafra, caíssem. “Em tese, isso faz com que os preços na safra fiquem
mais comedidos, mais baixos em função de uma oferta adicional”.

Outro efeito é o preço do concorrente, a gasolina. Quando se tem aumento da
gasolina, como o anunciado na semana passada, o etanol tende a ter uma
valorização. Segundo Campos, isso acontece porque os dois produtos, além de
concorrerem entre si, fazem parte do conjunto de abastecimento da frota.

“Nem um nem outro teriam condições de assumir o completo abastecimento
da frota. Então, quando há variação de um produto, é normal que o outro
acompanhe. Ano passado, em função da quebra de safra, os preços do etanol
subiram muito mais que os da gasolina, inibindo o consumo. Mas acredito que este
ano não será assim porque temos uma oferta adicional de etanol e uma
previsão de safra maior”, disse.

Ainda segundo Campos, levando em conta que se tem uma oferta adicional de
etanol no mercado, no cenário de hoje, é necessário que haja consumo do
biocombustível.

“Para que haja consumo de etanol, a relação de preços entre o etanol e
a gasolina nos postos tem que ficar abaixo dos 70%. Hoje, o preço do etanol,
que depende do balanço entre oferta e demanda e do preço do concorrente, subiu
no produtor e também nos postos, mas ainda vai chegar para o consumidor em uma
relação de preço pró-etanol. Isso porque, hoje, a oferta que se tem em
estoque e da safra que vai vir demonstra tendência que é necessário o consumo
de etanol. O preço está subindo, mas a alta vai apenas até o nível em que
estimule o consumo”, explicou.

Preços em alta

Em relação aos preços, após mais de dois meses em queda, na última
semana, o valor do etanol hidratado ao produtor, sem impostos, subiu de uma
média de R$ 2,80 para R$ 3,20, mas ainda manteve a paridade favorável, com a
cotação do litro correspondendo a cerca de 68% do valor da gasolina, que na
semana passada sofreu novo reajuste de mais de 18%.

A alta na cotação foi importante para o setor, que enfrenta aumentos
consideráveis dos custos de produção, incluindo alta nos fertilizantes,
diesel, arrendamentos das áreas de cana, entre outros. O aumento também é
importante para a produção, já que a cana enfrenta a concorrência com outros
produtos, como os grãos, que estão com preços valorizados.

“O custo é muito problemático. Fertilizante subiu demais de preços e
há risco de desabastecimento. Também temos concorrentes nas áreas em que
plantamos cana, como a soja e o milho, que estão com os preços muito mais
altos. Com a manutenção, em tese, da política da Petrobras de repassar os
aumentos, a possibilidade de ter um retorno um pouco maior com o nosso produto
melhora essa situação de incerteza. Mas ainda temos muita pressão na nossa
linha de custos que pode achatar as margens”, analisou.

Campos explicou ainda que, para Minas Gerais, a safra 2021/22 de cana, que
se encerra no final de março, apresenta queda em torno de 9,6%, com a moagem de
64 milhões de toneladas. Para a safra que se iniciará em abril, a expectativa
é de aumento, porém, os números ainda estão sendo levantados pelo setor.

As informações partem do Diário do Comércio.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2022 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 01/08/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,07

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.640,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.400,00

Milho Saca

R$ 68,25
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 31/07/2025 11:10

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria