Agronegócio

Exportação brasileira cresce acima da média mundial em 2018

3 de julho de 2018
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As exportações brasileiras cresceram 16% no primeiro quadrimestre de 2018, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Enquanto isso, a exportação das maiores economias do mundo aumentou 13%. Os números foram informados pelo ministro da pasta, Marcos Jorge de Lima, durante o Seminário “Competitividade com Foco na Exportação”, promovido pelo jornal O Globo em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), no Rio de Janeiro.

O ministro destacou que, mesmo com o aumento do protecionismo no mundo, o comércio internacional mantém seu dinamismo e traz grandes oportunidades para 2018. Marcos Jorge citou dados da Organização Mundial do Comércio que mostram que a exportação de 70 países, que juntos representam 90% do comércio internacional, aumentou 13% no primeiro quadrimestre de 2018, superando ao que foi registrado em 2017, com aumento de 10,1%.

No mesmo período, a exportação brasileira cresceu mais de 16%, ressaltou Marcos Jorge. “Estamos acima de importantes países como Canadá, México, Colômbia, Peru, Alemanha, França, África do Sul, Austrália e Índia. Esses números reforçam que o caminho traçado por nós está correto, apesar de ainda ter muito o que ser feito para o fortalecimento de nosso setor produtivo”, disse.

O presidente da Apex-Brasil, embaixador Roberto Jaguaribe Gomes de Mattos, e o chanceler Aloysio Nunes, ministro das Relações Exteriores, também participaram do painel. Jaguaribe fez uma análise do ambiente de aumento de protecionismo no mundo, da atuação da diplomacia brasileira na defesa dos interesses econômicos do Brasil e deu destaque ao trabalho da Apex-Brasil, que vem sendo conduzido em três pilares: promoção comercial, atração de investimentos e internacionalização de empresas brasileiras.

O chanceler brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, salientou a necessidade de o Brasil dialogar com todas as nações e emitir sinais importantes na condução da sua política externa. “O Brasil tem superávit com a China e déficit com os EUA. Isso é bastante interessante e é fruto dessa política universalista”, disse.

O ministro Marcos Jorge ressaltou que a atuação do MDIC é guiada pela abertura comercial, o aumento da produtividade, da inovação e da excelência na formulação de políticas públicas. “Nossa meta é, cada vez mais, integrar o Brasil ao mundo, por meio da facilitação de comércio e da busca ambiciosa por melhor e maior acesso a mercados estrangeiros.” E destacou o trabalho desempenhado para atingir tal objetivo.

“Nos últimos dois anos, revisamos o posicionamento estratégico de nosso país no cenário global, com a retomada e o fortalecimento do diálogo com mais de 15 países, incluindo Estados Unidos, Argentina e China, os três maiores parceiros comerciais do Brasil”, afirmou. Marcos Jorge reforçou a conclusão do acordo de livre comércio com a União Europeia e a entrega, ainda em 2018, da última etapa do Portal Único de Comércio Exterior – que beneficiará diretamente cinco milhões de operações anuais de exportação de mais de 255 mil empresas.

PNCE

O Brasil tem hoje cerca de 25 mil exportadores de bens e 4% responderam por mais de 80% do valor exportado em 2017. O MDIC coordena nacionalmente o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), criado para ser uma ferramenta voltada à difusão da cultura exportadora e contribuir para a ampliação do número de empresas que exportam. “Para ampliarmos o número de exportadores é preciso ter uma rede de apoio, formada tanto por instituições públicas quanto privadas que atuem no fomento à venda de nossos produtos ao exterior”, afirmou o ministro.

O Plano conta com a participação de entidades nacionais, todos os governos estaduais e distrital, além de diversas instituições regionais. O principal papel do PNCE é organizar as ações desenvolvidas por essas instituições de modo que sejam executadas de forma harmônica e encadeadas, evitando duplicidades e sombreamentos, minimizando lacunas e otimizando os esforços. Atualmente, o PNCE está passando por uma reformulação de sua metodologia.

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