Artigo assinado por Silvano Bünzen e Julio Acosta*.
Quando falamos de uso de aditivos a base de fibras (fibras funcionais) para melhorar as condições fisiológicas dos animais e promover melhor trânsito intestinal, principalmente nas fases de gestação e lactação, temos disponíveis no mercado algumas opções. Porém, nem todas são iguais!
É fato a importância do papel das fibras na dieta dos animais ajudando tanto no estímulo dos movimentos peristálticos do transito intestinal – reduzindo a constipação – e no aumento do efeito da saciedade, já que as frações fibrosas servem de substrato para uma “digestão” mais lenta feita por microrganismos. Com isso temos a produção de ácidos graxos voláteis (AGV’s) fornecendo “energia” para os animais. No entanto, se considerarmos apenas as fontes tradicionais (farelo de trigo e casca de soja), apesar dos benefícios em termos de custo e disponibilidade, temos que considerar os riscos presentes como contaminações por micotoxinas e salmonela.
Desta forma, seja pela pouca disponibilidade ou pelos riscos de contaminações presentes, aditivos a base de fibra funcional são soluções tecnológicas que melhoram a condição fisiológica dos animais e, consequentemente, o desempenho produtivo. Existem outros aditivos utilizados como fontes de fibras no mercado, mas é preciso se atentar aos riscos com micotoxinas e outros contaminantes, já que, em geral, são produzidos a partir de resíduos do processamento de outros produtos.
O uso de aditivo a base de fibra funcional, como a lignocelulose, passa a ser uma ferramenta importante para as condições fisiológicas dos animais, principalmente nas fases de gestação e lactação, promovendo o melhor trânsito intestinal. Isso porque as fontes de lignocelulose de 2ª geração são capazes de estimular a fermentação na porção final do sistema digestivo e promover a produção de AGV’s, fonte “extra” de energia pelos animais e, portanto, influenciam positivamente no desempenho zootécnico.
Mesmo para aqueles clientes que possuem disponibilidade ou “estão acostumados” as fontes tradicionais, como a casca de soja e o farelo de trigo, a inclusão adicional de aditivos a base de lignocelulose de segunda geração podem melhorar o aproveitamento dos ingredientes tradicionais, com impacto positivo no desempenho (maior produtividade) e com custo menor de investimento da tecnologia.
Na prática, a pergunta que muitos produtores costumam fazer é: “será que funciona mesmo? Mesmo já tendo um bom resultado, vale a pena o investimento?”.
Esta é uma resposta dada pelo médico-veterinário Jean Fontana, sócio-proprietário da Granja Fontana (Charrua/RS), pioneira no uso de novas tecnologias na região.
Sempre preocupados com os melhores resultados e em expressar o máximo potencial, sem deixar de lado o bem-estar dos animais, o conceito e a aplicabilidade do uso de fibras funcionais de segunda geração, como o Opticell, fez todo o sentido.
Jean relatou que alguns pontos chamaram a atenção com o uso do Opticell na granja, principalmente os relacionados ao aumento do peso de leitões ao desmame. Houve também melhora na condição da fêmea e redução do tempo de parto. Em outras palavras, dentro da granja, com a tecnologia também reduziram-se as perdas com leitões natimortos, além da mortalidade das fêmeas.
O peso dos leitões ao desmame foi reflexo da maior produção de leite. Com o aparelho mamário melhor formado houve efeitos positivos na condição corporal dos animais e, possivelmente, do aproveitamento dos outros nutrientes oriundo da fermentação adequada proporcionada pela fonte de lignocelulose de segunda geração ( + energia), otimizando os ingredientes já utilizados nestas dietas.
A Feedis, empresa austro-brasileira do setor de nutrição e saúde animal e responsável pela tecnologia do Opticell no Brasil, conta com parceiros regionais para desenvolvimento de negócios, como a Brio Representações, que em nome de médico-veterinário Júlio Acosta é responsável por levar as tecnologias da Feedis até os clientes do Rio Grande do Sul. Segundo Júlio, “são tecnologias inovadoras e muito bem fundamentadas em pesquisa e resultados”.
Para mais informações sobre o Opticell, CLIQUE AQUI.
Os autores: Silvano Bünzen é zootecnista, Doutor em Nutrição de Aves e Suínos e Gerente Técnico da Feedis. Júlio Acosta, da BRIO Representações, é responsável pela linha de soluções Feedis no RS (51 99693- 6442).
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50