Porto Alegre, 25 de março de 2022 – Em entrevista à TC Rádio
– web rádio criada pela plataforma
para investidores TC – nesta semana, o diretor de
Programas da Secretaria Executiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), Luis Eduardo Rangel, falou sobre o recém-lançado Plano
Nacional de Fertilizantes, que tem como objetivo reduzir a dependência do País
de produtores internacionais e aumentar a competitividade da indústria
nacional.
O diretor comentou sobre o plano de ações lançado neste mês e que ganhou
ainda mais relevância após o conflito entre Ucrânia e Rússia, dois dos
principais fornecedores de insumos para a produção de fertilizantes no Brasil.
Rangel destacou que esse assunto já estava sendo mapeado pelo governo, mas que
as ações serão de longo prazo. “Percebemos há algum tempo que essa grande
dependência externa nos traz riscos, principalmente quando temos cenários
tão turbulentos, como no caso da pandemia, que já acendeu um sinal amarelo por
todo impacto do fluxo logístico internacional, e, mais recentemente, de
conflitos em regiões que são importantes fornecedoras de determinados
insumos”, disse.
Com o plano, a ideia é promover uma transformação nessa indústria de
base do agronegócio em cerca de 30 anos. A meta é que essa indústria se
reposicione do ponto de vista de competitividade e que o Brasil chegue a ser
capaz de fornecer até 50% da demanda de fertilizantes consumida na agricultura
nacional.
Sobre a relação de “autonomia total” na produção de fertilizantes,
Rangel afirmou que esse “não é um termo que devemos utilizar”. “Estamos
nos inspirando em modelos de sucesso de outros países que têm o agronegócio
como atividade econômica importante, e esses países não são autossuficientes
necessariamente”, apontou. Segundo ele, a intenção é aumentar o nosso
conhecimento geológico para atrair para o Brasil empresas que fazem bem isso
lá fora para que também produzam por aqui, caso seja viável economicamente.
Perguntado se é possível que o Brasil chegue a se tornar exportador de
fertilizantes, o diretor acredita que dificilmente seremos exportadores de
“macroelementos” como nitrogênio, fósforo e potássio, mas defendeu a
exportação de tecnologia e produtos mais sofisticados, de alto valor agregado,
que será um dos pontos de investimento do plano.
As informações partem de assessoria de imprensa.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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