FERTILIZANTES: Margens atrativas movem o mercado – Rabobank

Porto Alegre, 14 de junho de 2018 – Nos últimos meses, o aumento dos
preços da soja, do milho e do algodão no mercado interno tem garantido boas
relações de troca com os insumos agrícolas. Além disso, tem possibilitado
aos produtores fazer bons investimentos em insumos e gerado condições
favoráveis para maiores aumentos da área plantada na safra 2018/19 (detalhes
nas seções de soja, milho e algodão).

Esse cenário traz boas perspectivas para os setores de insumos agrícolas
no Brasil. O Rabobank projeta que o mercado de defensivos agrícolas cresça 2%
em 2018, após três anos de queda, e atinja o valor total de US$ 9,1 bi. As
entregas de fertilizantes serão de 35,3 mi tons nesse ano, um aumento de 2,5%
em relação ao ano passado.

As boas expectativas de rentabilidade das culturas citadas também têm
sustentado os preços em dólar dos fertilizantes fosfatados e potássicos no
porto brasileiro. Para ambas as matérias primas, os preços devem permanecer
suportados pelo menos até o início do plantio da safra 2018/19.

Em relação aos nitrogenados, nas últimas semanas, algumas empresas
entraram comprando ao mesmo tempo no mercado internacional para cobrir vendas
antecipadas. Esse movimento elevou rapidamente as cotações, anulando boa parte
das quedas vistas entre fevereiro e maio desse ano.

No curtíssimo prazo, devemos ver os preços recuando um pouco, mas o
aquecimento do mercado no final de junho – para cobrir as demandas da safrinha
e do café brasileiro e a volta de compradores do hemisfério norte – vão
dar sustentação ao mercado.

Pontos de atenção:

– A greve dos caminhoneiros e a indefinição quanto à tabela de fretes,
diminuiu drasticamente a movimentação de fertilizantes em toda a cadeia. O
volume entregue em maio desse ano foi 27% menor que em maio de 2017. Se esse
problema não for resolvido rapidamente, teremos impactos irreversíveis nas
expectativas de entregas para a safra 2018/19.

– Nesse caso, o maior risco fica com os produtores que precisam do insumo para a
safra de verão (plantio setembro e outubro). Com as entregas de fertilizantes
de maio e junho bem abaixo do esperado, a indústria pode não conseguir
compensar esse volume até setembro.

As informações são do Rabobank.

Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência
SAFRAS

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