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FERTILIZANTES: Preços serão mais altos no segundo semestre – Rabobank

29 de abril de 2015
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Porto Alegre, 29 de abril de 2015 – A análise dos últimos dez anos
mostra preços médios de fertilizantes mais altos no segundo semestre. A partir
de julho, ocorre a intensificação das importações e das entregas de adubo
no campo para o plantio da safra de verão brasileira. Consequentemente, aumenta
a demanda por caminhões para o transporte de fertilizantes importados dos
portos para o interior do país e, tradicionalmente, ocorre elevação dos
gastos com fretes nesse período.

Soma-se a isso, o fato do volume de exportações de soja na segunda
metade do ano ser menor. Dessa forma, parte dos caminhões que sai do porto com
fertilizantes retorna vazio e isso encarece ainda mais os custos com transporte.
Essa elevação de custos logísticos é, em grande parte, transmitida aos
preços pagos pelo produtor.

Problemas no porto refletem nos preços de fertilizantes

Ineficiência nos portos também é refletida nos preços do adubo ao
produtor. Além do aumento do valor do frete para entrega, as filas
para descarregamento dos navios de fertilizantes no segundo semestre são outro
fator que encarecem o valor do produto no mercado interno.

Com a concentração das importações nesse período do ano, ocorre
demora para atracar os navios. Estimam-se valores próximos a US$ 20.000 por dia
na fila de espera – o que representa US$ 0,65 a US$ 0,80/t/dia, considerando
navios com cargas entre 25.000 e 30.000 toneladas – que também são
repassados ao valor do produto final.

Câmbio impulsiona cotações de fertilizantes no início de 2015

Em 2015, porém, os fertilizantes iniciaram o ano em alta devido ao
impacto da desvalorização do real frente ao dólar. Esse aumento da taxa de
câmbio teve impactos significativos nos preços internos dos fertilizantes no
Brasil, uma vez que 70% da oferta nacional é suprida por importações.

De janeiro a março de 2015, enquanto que, em dólar, a
ureia, o MAP e o KCl registraram quedas de 16,5%, 4,7% e 6%, respectivamente, a
taxa de câmbio teve aumento de 19,4%. Dessa forma, apesar da queda no mercado
internacional, já existem perspectivas de aumentos nos custos com adubação na
próxima safra.

Em meio ao cenário atual, o produtor se encontra em uma situação
preocupante – as negociações no primeiro trimestre foram restringidas pela
intensa alta do dólar e, historicamente, verifica-se que os preços internos
tendem a subir na segunda metade do ano.

Então, qual a melhor estratégia a ser adotada? O Rabobank acredita que
o ponto chave da estratégia para a compra de fertilizantes para a safra 2015/16
é se proteger da volatilidade do câmbio. Apesar do enfraquecimentoda moeda
americana no início de abril, a estimativa do Rabobank é que a taxa do câmbio
atinja patamares de R$ R$ 3,30 até o final do ano.

Dentre os fatores que formam o preço dos adubos no mercado interno, o
câmbio é o único que o produtor possui alternativas para se precaver do risco
de oscilações – não é possível, no curto prazo, controlar o aumento do
frete devido à ineficiência logística e a volatilidade dos preços no mercado
externo é definida por fatores de oferta e demanda global.

Nesse sentido, duas ferramentas podem ser utilizadas pelos produtores
nos fechamentos dos negócios: as trocas por produtos agrícolas e o hedge de
câmbio. No caso das trocas ou do barter, o produtor anula o efeito da
volatilidade cambial uma vez que tanto as commodities agrícolas, quanto os
fertilizantes são indexados em moeda americana, nesse caso o produtor
precisaria apenas checar se a relação de troca (por exemplo: sacas de
soja/tonelada de adubo – considerando os dois em dólar) está favorável.

Na opção pelo hedge, o produtor se protege da oscilação do dólar
fixando o valor da moeda antes da compra do fertilizante.
Então, se no momento do vencimento o dólar tiver subido, o produtor
provavelmente pagará mais caro pelo adubo, porém, receberá um ajuste pela
trava do câmbio.

Boas oportunidades de negócios em reais (R$) também devem ser
aproveitadas. Apesar da influência do dólar e dos preços no mercado
internacional, o país encontra-se com níveis de estoques de fertilizantes
altos em relação aos anos anteriores. Produtores capitalizados (seja em
dinheiro ou grãos disponíveis) com possibilidade de compra a vista devem
utilizar esse fator para seu benefício no momento da negociação para compra
de fertilizantes.

Vale ressaltar que as compras de fertilizantes pelos produtores estão
atrasadas em relação aos últimos anos. Ou seja, além dos fatores de alta já
esperados para o início do segundo semestre, pode haver concentração da
demanda que pode alavancar ainda mais os preços a medida que for se aproximando
a época de semeadura da próxima safra de verão.

Portanto, na questão do momento ideal, com base nas informações
apresentadas, a melhor alternativa em termos de preços para a compra de
fertilizantes esse ano aponta para esse segundo trimestre. As informações
partem do Rabobank.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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Cotação semanal

Dados referentes a semana 20/06/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,43

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.750,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 66,25
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Preço base - Integração

Atualizado em: 17/06/2025 09:45

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
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