São Paulo, 12 de abril de 2016 – O Fundo Monetário Internacional (FMI)
passou a prever uma contração mais acentuada no Produto Interno Bruto (PIB) do
Brasil neste ano, citando os efeitos negativos da recessão sobre o emprego e a
renda, assim como a incapacidade do governo para formular e executar medidas
diante das incertezas domésticas.
Segundo o FMI, a previsão de contração da economia brasileira neste ano
aumentou de 3,5% para 3,8%. A previsão para 2017 continua sendo de estabilidade
– ou seja, nem crescimento nem retração do PIB -, mas a perspectiva ainda é
muito opaca.
“Com muitos dos grandes choques de 2015 e 2016 tendo os efeitos
dissipados, e auxiliado pela fraqueza cambial, o crescimento deve voltar para o
território positivo ao longo de 2017. No entanto, a produção em média
continuará inalterada em relação ao ano anterior. Estas projeções estão
sujeitas a grandes incertezas”, disse o FMI.
Em seu relatório trimestral com projeções para a economia mundial, o
Fundo recomenda que o governo brasileiro persista nos esforços de ajuste fiscal
para incentivar a melhora na confiança e no investimento e defende o aumento
temporário de impostos para conter a piora nas contas públicas.
“Com o escopo para reduzir os gastos discricionários severamente
limitado, são necessárias medidas tributárias no curto prazo, mas o desafio
mais importante é abordar a rigidez e as obrigatoriedades de despesas”, disse
o FMI.
O órgão estima que a inflação média no Brasil deve desacelerar de
9,0% no ano passado para 8,7% neste ano e para 6,1% no próximo, conforme os
efeitos inflacionários do ajuste em preços administrados e da desvalorização
do real diminuírem, e afirma que o Banco Central precisará manter uma
política monetária restritiva para reduzir o ritmo de alta nos preços até a
meta de 4,5% ao ano.
Além disso, “reformas estruturais para aumentar a produtividade e a
competitividade – incluindo o programa de concessões de infraestrutura – são
essenciais para revigorar o crescimento potencial”. O FMI estima que a taxa de
desemprego no Brasil aumentará de 6,8% no ano passado para 9,2% neste ano e
para 10,2% no ano que vem.
As informações são da agência CMA.
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