Fórum Nacional do Milho vai buscar soluções para a escassez do cereal no RS

O Instituto de Pesquisas Gianelli Martins e o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal promovem hoje, durante a Expodireto Cotrijal 2019 em Não me Toque (RS), o 11º Fórum Nacional do Milho. O tradicional evento tem um caráter mais amplo este ano, pois integra uma série de iniciativas que vai culminar, em meados de 2019, em um documento com propostas de soluções em políticas públicas e iniciativas dos próprios entes das cadeias em busca da autossuficiência na produção do cereal. “Coletamos opiniões e dados dos diversos elos da cadeia, vamos trazer lideranças e produtores e indústrias, além do governo, para o debate durante a Expodireto e pretendemos produzir um relatório que indique um caminho a seguir”, afirma o coordenador do projeto, Odacir Klein.

As informações colhidas até agora apontam que as soluções precisam de ações garantidoras de preços ao produtor e de entrega do grão aos criadores de animais. “Há a necessidade de políticas públicas que garantam recursos para a aquisição de milho na época da colheita e armazenagem durante todo o ano”, adianta Klein.

As cadeias de aves e suínos são as que mais sentem a produção insuficiente de milho. Tendo que buscar alternativas em outros estados ou até mesmo na importação, os setores perdem competitividade e, a cada ano, enfrentam novos desafios. O Fundesa se aliou ao evento em representação Asgav, Acsurs e Sips, que estão à frente destas duas cadeias produtivas. “Trabalhar para a sustentabilidade destes dois setores com tamanha importância social e econômica também é papel do Fundo”, afirma o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.

E os debates passam por garantir que o produtor veja vantagem comercial no milho em relação à soja, por exemplo, ou mesmo o estimular a rotação de culturas, proporcionar condições para a armazenagem do produto ao longo do ano e estruturar a infraestrutura para transporte de grãos. O fomento ao uso de tecnologias para elevar a produtividade e as discussões sobre questões tributárias (que hoje prejudicam quem produz no Rio Grande do Sul), também farão parte dos temas a serem debatidos no Fórum.