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GRÃOS: Abramilho debate gargalos da armazenagem no Fórum Mais Milho

21 de junho de 2023
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Porto Alegre, 21 de junho de 2023 – O diretor da Abramilho, Paulo Bertolini, esteve presente no
Fórum Mais Milho desta segunda-feira (19), em Cuiabá, para debater os desafios crescentes da
armazenagem no Brasil. O painel contou com a participação do deputado federal e coordenador da
Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Fábio Garcia e do presidente da Aprosoja-MT, Fernando
Cadore. A discussão foi mediada pelo diretor da Abramilho, Glauber Silveira.

A armazenagem tem sido um problema crescente para milhares de produtores do país. Paulo
Bertolini explicou que houve um crescimento de 1.000% na produção brasileira de grãos entre 1990
e 2023, mas isso não se estendeu aos armazéns. “Se nós observarmos a capacidade estática da
armazenagem do país, veremos que ela não acompanhou o ritmo da nossa agricultura. Enquanto a nossa
produção aumenta em cerca de 10 milhões de toneladas ao ano, a armazenagem tem crescido em torno
de 5 milhões de toneladas”.

O diretor da Abramilho aponta ainda que isso resulta em um alto desperdício de grãos. Os dados
da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram uma capacidade
estática de armazenamento de 194 mi/ton no Brasil, enquanto a produção prevista pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) para 2023 é de 312,5 mi/ton. Dessa forma, este ano deve registrar
o maior déficit de armazenagem dos últimos tempos – 118,5 milhões de toneladas.

Outro problema é a má distribuição dos armazéns de grãos no Brasil, tanto por região
quanto pelo fato de que os silos se encontram quase na totalidade nas áreas urbanas e industriais.
“Apenas 15% dos silos estão nos locais de produção. E, de 2010 até o ano passado, este número
ficou praticamente estático, tendo crescido pouco mais de 1%”, explicou Bertolini.

Atualmente, os Estados Unidos é o principal competidor do Brasil na produção mundial de
grãos e tem capacidade para armazenar mais de uma safra inteira – e 66% dessa capacidade está
dentro das fazendas. Além disso, o país oferece um programa de financiamento para armazenagem a
juros de apenas 3,75% ao ano, enquanto no Brasil este número alcança até 8,5%.

Para concluir a sua fala, Bertolini explicou que é necessário um investimento anual de pelo
menos R$ 15 bilhões apenas para impedir o aumento do déficit de armazenagem.

O presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, falou que a política agrícola brasileira
desestimula a construção do armazém na propriedade privada. “Infelizmente o governo ainda não
enxergou isso como uma questão de soberania nacional e segurança alimentar”.

Glauber Silveira apontou ainda para a dificuldade do produtor para conseguir auxílio do Plano
Safra. O anúncio do Plano Safra 2023/24 está previsto para ocorrer na última semana de junho e,
de acordo com os painelistas, há uma percepção de que as diversas restrições presentes no plano
são, na verdade, uma desculpa para acomodar o orçamento disponível – que hoje é insuficiente
para atender a agricultura brasileira de forma adequada.

Cadore destacou ainda que é preciso trabalhar o tema não só com o governo, mas a mentalidade
do produtor. “O primeiro ponto é o governo entender o problema, mas o produtor precisa começar a
olhar como alguém que tem e deve ter a capacidade de ter armazém”.

O deputado e coordenador da FPA, Fábio Garcia, sugeriu uma reunião com os deputados da bancada
ruralista para mostrar os dados apresentados no fórum e unir forças com o Congresso. “Dessa forma
a gente pode pressionar o governo para que haja uma atenção especial ao Programa para Construção
e Ampliação de Armazéns (PCA) e ao Plano Safra”. As informações partem da assessoria de
imprensa da Abramilho.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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