Porto Alegre, 18 de setembro de 2019 – Com os números consolidados da
safra 2018/2019, o oeste da Bahia se mantém em posição de destaque nacional
quando o assunto é a produção agrícola. A soja, carro-chefe da região,
alcançou a segunda melhor média de produtividade da história: 56 sacas por
hectares. O número equivale a uma produção total superior a 5,3 milhões de
toneladas da oleaginosa.
Com 97% da área colhida, o algodão, segunda maior cultura da região,
também teve excelente desempenho. A produtividade teve leve queda, saindo de
315 para 300 arrobas por hectare, se comparadas as safras 2017/2018 com a de
2018/2019. No entanto, o aumento da área de plantio interferiu diretamente no
volume produzido, passando de 1,2 milhão para aproximadamente 1,5 milhão de
toneladas.
A boa notícia animou tanto os cotonicultores que as perspectivas para a
próxima safra surpreenderam até mesmo os membros do Conselho Técnico da Aiba.
Para o próximo ciclo, espera-se um aumento de 5% da área plantada, saindo de
331 mil hectares para mais de 347,5 mil hectares, sem que necessariamente haja a
retração da área da soja, que também deve registrar uma ampliação mais
modesta, na casa do 1,3%.
As indicações iniciais indicam que a safra de algodão da Bahia em
2019/20 poderá pular para 1,64 milhão de toneladas. A produção de soja na
temporada que está para iniciar está inicialmente estimada em 6,336 milhões
de toneladas.
“Os números não divergem do que os levantamentos anteriores já vinham
apontando. E os resultados desta safra se devem, sobretudo, à persistência do
produtor rural, que mesmo após alguns ciclos com problema de estiagem não
desistiu de plantar. Aliado a isso houve investimento em tecnologia. Para a
próxima safra, havendo boas condições climáticas e distribuição de chuvas,
o oeste mantém o seu patamar de produção e produtividade, confirmando a sua
vocação agrícola”, é o que prevê o assessor de agronegócio da Aiba e
membro do Conselho Técnico, Luiz Stahlke.
Ainda segundo dados do Conselho, o milho, terceira principal cultura da
região, cuja destinação é o mercado interno, especificamente o do Nordeste,
teve produtividade de 140 sacas por hectare. Cultivado em uma área de
aproximadamente 150 mil hectares, o cereal contabilizou cerca de 1,3 milhão de
toneladas – um bom resultado, apesar do clima desfavorável, já que esta foi
a cultura que mais sofreu com a estiagem.
Devido ao alto custo de produção e liquidez do milho, houve uma
retração de área plantada comparada à safra anterior. No próximo ciclo, a
área cultivada com o grão deve permanecer os 150 mil hectares atuais. Contudo,
devido ao investimento em tecnologia e irrigação, a produtividade tem
potencial de atingir 180 sacas. Para a próxima temporada, a safra de milho
poderá chegar a 1,62 milhão de toneladas.
A produção total de grãos e fibra ficou em 8,058 milhões de toneladas
em 2018/19. Para a temporada 2019/20, a previsão é de que a safra some 9,595
milhões de toneladas.
Com o final de mais uma colheita, o produtor rural deve ficar atendo aos
prazos do vazio sanitário. O vazio da soja teve início no dia 1 de julho e
será finalizado no dia 7 de outubro. Já o algodão, devido à prorrogação da
colheita e destruição de soqueira autorizada pela Agência de defesa
Agropecuária da Bahia (Adab), terá o vazio sanitário no período de 30 de
setembro a 30 de novembro. Somente após essas datas é que se pode iniciar o
plantio do próximo ciclo.
O Conselho Técnico é formado pelos representantes da Aiba, Abapa,
Abacafé, Fundação BA, Sindicato de Barreiras, Sindicato de LEM, Sandias,
Aprosem, Aciagri, Cargill, Bunge, Cooproeste, CREA, IBGE, Bahiater, Adab, Conab,
BNB, Banco do Brasil, Louis Dreyfus, ADM, Multigrain, Noble.
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45