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GRÃOS: Colheita no PR deve cair 8%, para 23,15 milhões de t – Deral

31 de outubro de 2017
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Porto Alegre, 31 de outubro de 2017 – O plantio de grãos de verão da
safra 2017/18, que estava atrasado no Paraná até o final de setembro,
recuperou a normalidade com o retorno das chuvas este mês. A Secretaria de
Estado da Agricultura e Abastecimento está prevendo uma colheita de 23,15
milhões de toneladas, volume 8% inferior ao colhido no ano passado.

A estimativa de safra é menor porque os cálculos consideram que os
níveis de produtividade das principais lavouras voltam à normalidade este ano.
De acordo com o relatório divulgado pelo Departamento de Economia Rural
(Deral), é difícil repetir o desempenho da safra passada, que registrou
produtividades recordes diante de um quadro climático favorável que beneficiou
as culturas em todo o País e nos demais países da América do Sul e do Norte.
No Brasil foram colhidas mais de 240 milhões de toneladas, que também foi um
recorde.

Para o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, com o
retorno das chuvas as condições de plantio normalizaram, considerando que isso
só foi possível dado ao elevado grau de mecanização e tecnologia aplicada
nas lavouras, que permitiram a recuperação do plantio.

“A expectativa, agora, é com relação à variação do clima para que a
conclusão do plantio seja feita em boas condições. Ainda temos toda a
região Sul do Estado para plantar milho e soja, que precisa de condições
normais para o seu desenvolvimento”, avaliou.

Em relação à comercialização, este ano os produtores sentiram forte
reação na queda dos preços do milho e isso está retratado na área plantada
da primeira safra, que é a menor da história, segundo o diretor do Deral,
Francisco Carlos Simioni. Ele diz que a soja, por ser um produto de maior
liquidez no mercado, absorveu toda a área de milho de primeira safra que deixou
de ser plantada.

Além desse fator, observa-se que o ritmo de venda antecipada da nova safra
que está em fase plantio, também, está mais lento, o produtor está mais
cauteloso na hora de vender sua produção. “A safra de grãos deste ano
aponta para um desempenho com preços mais estabilizados para o feijão, milho e
soja, que deverá contribuir para a estabilização dos preços dos principais
produtos consumidos nos supermercados”, avaliou.

SOJA

O plantio de soja recuperou a normalidade, após as chuvas, mantendo a
previsão de ficar 3% acima da área plantada no ano passado. Este ano, o
plantio deve atingir 5,5 milhões de hectares e a expectativa de produção
aponta para um volume de 19,5 milhões de toneladas, ligeiramente inferior ao
obtido no ano passado, em torno de 1%. Esse resultado está sendo influenciado
pelos índices de produtividade da soja, que este ano estão retornando ao
padrão esperado para a cultura.

Cerca de dois terços da área prevista já estão plantados, o que
equivale a 3,6 milhões de hectares ocupados com a cultura. Desse total, 36% da
área está em germinação e 64% em desenvolvimento vegetativo. As chuvas
ocorridas até agora foram mais que suficientes para trazer umidade ao solo
novamente, que poderá ser benéfico para a cultura, disse o economista do
Deral, Marcelo Garrido.

Até agora, 9% da safra futura já está vendida, volume inferior aos anos
anteriores indicando que o produtor está mais cauteloso com a
comercialização do produto. A soja já teve uma queda de 8% no preço, que
caiu de R$ 66,00 a saca, em outubro de 2016, para R$ 61,00 em outubro deste ano.

Segundo Garrido, a definição da safra vai depender do clima, e a junção
desse resultado com o desempenho dos mercados nacional e internacional do grão
vai balizar a comercialização.

MILHO

A área plantada com milho da primeira safra caiu de 513.627 hectares, no
ano passado, para 338.450 hectares plantados este ano, a menor da história. Foi
uma queda de 34% que vai influenciar na redução do volume de produção. Na
safra 17/18 está sendo esperada uma produção de 3 milhões de toneladas, 38%
a menos que no ano passado, quando foram colhidas 4,9 milhões de toneladas.

A queda na produção esperada é maior porque além da redução na área
plantada, a estimativa está sendo feita sobre um patamar normal de
produtividade, explicou Garrido.

Mesmo com a redução na área plantada, os preços do milho estão em
queda, o que desestimula ainda mais o produtor. Ele está vendendo a saca de
milho por cerca de um terço do valor da saca de soja. Este ano, o milho está
sendo vendido, em média, por R$ 21,00 a saca, 34,32% inferior ao preço do ano
passado quando podia ser vendido por R$ 32,00.

Cerca de 89% da área já está plantada, sendo que desse total nas
regiões Norte e Oeste, onde se concentra a maior parte das lavouras, elas
estão em bom desenvolvimento. Segundo Garrido, o que preocupa são os plantios
na região Sul do Estado por causa do clima chuvoso, agora vigente.

FEIJÃO

O feijão também sofreu um atraso no plantio, por causa da seca, mas se
recuperou. Até agora cerca de 87% da área prevista de 197.505 hectares já foi
plantada. Ocorre que as chuvas que retornaram neste mês de outubro estão
preocupando em relação à qualidade das condições de plantio do feijão, o
que está sendo monitorado a campo para posterior avaliação.

O volume de produção esperado é 4% acima do ano passado, podendo chegar
a 381.609 toneladas. “As lavouras não estão tão boas quanto estavam no ano
passado”, disse o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador. Segundo ele,
havendo continuidade do clima chuvoso por mais tempo poderá atrapalhar a
qualidade das lavouras porque o produtor não consegue entrar na lavoura para
fazer os tratos culturais necessários.

Além disso, também estão ocorrendo queda das temperaturas com noites
frias e que podem prejudicar a cultura, porque o produto é muito sensível a
qualquer alteração. Apesar disso, ainda está sendo esperado bom volume de
produção, principalmente nos oito núcleos responsáveis por 92% da produção
de feijão no Estado, como Curitiba, Guarapuava, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho,
Pato Branco, Ponta Grossa e União da Vitória.
Os preços do feijão estão em queda, mas ainda mantendo a rentabilidade ao
produtor.

TRIGO

Cerca de 83% da área plantada com trigo no Paraná foi colhida e o Deral
confirma a expectativa anterior, de redução da safra. O período de seca que
retardou o plantio de outras culturas ajudou a acelerar a colheita do trigo.
Porém, essa ocorrência do clima de falta de chuvas no ciclo final da cultura
foi responsável pela quebra de safra que já é possível estimar com mais
evidência.

O Deral está contabilizando uma perda de 36% na cultura do trigo em
relação ao ano passado, quando foram colhidas 3,5 milhões de toneladas. Este
ano, deverá ser colhido um total de 2,2 milhões de toneladas, ou seja, 1,3
milhão de toneladas a menos.

De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, a preocupação
maior no momento é com a qualidade do trigo colhido nos últimos dias, em
função das chuvas constantes que continuam comprometendo a produção das
áreas ainda a colher.

Em relação ao processo de comercialização, Godinho estima que um terço
da safra foi vendida, mas recentemente a comercialização está parada por
causa do preço muito baixo, de apenas R$ 32,00 a saca, esse patamar de preços
não anima o produtor a vender. De acordo com Godinho, os custos de produção
do trigo estão pelo menos 10% acima do preço de venda. As informações partem
da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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