Porto Alegre, 13 de agosto de 2021 – A Associação dos Produtores de Soja
e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) apresentou os resultados de um
estudo sobre oferta e demanda dos grãos produzidos no estado na safra 2019/2020
e identificou uma produção superior à demanda.
O estudo contou com o suporte técnico do Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea/USP) e levaram em considerações dados gerados pelo
SigaMS, IBGE, Abimilho e do Ministério de Desenvolvimento e Comércio Exterior.
Soja
O estudo verificou que a demanda de soja na safra 2019/2020 foi de 11,2
milhões de toneladas, enquanto a oferta superou a demanda em 600 mil toneladas,
possibilitando o atendimento de mercados internos e externos.
Do total demandado, 78,64% foram destinados para exportação, enquanto o
consumo foi de 21,36%, em 2019/2020. De todo volume exportado, 54% (4.795,78 mil
toneladas) foi escoado para outros países e 46% (4.017,09 mil toneladas) para
outros estados. “O escoamento interestadual reduz a industrialização no Mato
Grosso do Sul e eleva o preço interno de produtos com maior valor agregado à
base de soja.
Apesar do mercado internacional atrair grande parte dos vendedores dos
grãos, pelo elevado preço pago mediante um real desvalorizado, também reduz o
desenvolvimento do segundo setor e o volume disponível para consumo
interno”, explica a economista da Aprosoja/MS, Renata Farias.
Milho
A oferta de milho na safra passada foi recorde, equivalente a 13,8 milhões
de toneladas, e a demanda registrada foi de 10,38 milhões de toneladas,
consolidando mais uma oferta superior à demanda local e de outros estados e
países.
As exportações interestaduais somam a maior fatia da demanda do cereal
sul-mato-grossense. Do total exportado, cerca de 77,54% tiveram como destino
estados como: Paraná, Santa Catarina e o município de Campinas. Essas regiões
apresentam fortes polos industriais, sendo ocupadas por cooperativas,
cerealistas, tradings e indústrias.
Já o consumo, constituído pela demanda industrial, humano, animal
sementes e perdas, somou 17,8% na safra 2019/20. Desse total o consumo animal é
o maior representante, correspondendo a 84,9% do consumo/esmagamento. Dois
setores que merecem destaque: a avicultura e suinocultura, que demandaram 46,8%
e 38,9%, respectivamente, em 2019/2020.
Sobre o trabalho desenvolvido, o departamento econômico da Aprosoja/MS
lembra que a demanda identifica a quantidade de soja e milho que o mercado está
disposto a obter por um período. Ela corresponde ao consumo interno e/ou
esmagamento do grão, somado ao volume de exportação destinado ao mercado
externo. E a quantidade demandada depende de fatores como preço do bem e
expectativa quanto ao preço futuro.
Já a oferta identifica a quantidade disponibilizada dos grãos para o
consumidor, por um período. A oferta corresponde a soma do estoque inicial, da
produção e da importação. Essa quantidade ofertada depende de variáveis
como preço do bem, tecnologia, preço dos fatores de produção e expectativa
de mercado.
Segundo o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, há desafios para as
próximas safras. “Nosso desafio agora é incentiva a industrialização e
fomentar a internalização dos grãos, de forma que possamos promover maior
processamento no estado, para que a produção fique aqui. É o produtor agindo
na produção e tentando verticalizar o processo, vendendo produtos mais
acabados e agregando valor. Tudo isso no sistema cooperativista, onde cada um
faz o que sabe fazer melhor: produtores incrementando a produção e as
indústrias processando o produto para agregar valor,” finaliza o presidente.
As informações partem da assessoria de imprensa da Aprosoja/MS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 24/04/2025 09:50