Porto Alegre, 2 de fevereiro de 2015 – O Paraná começou a colher a safra
de verão 2014/15 e já está plantando a segunda safra. Conforme o relatório
de janeiro do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da
Agricultura e do Abastecimento, a estimativa é de uma colheita de 21,7 milhões
de toneladas, a maior parte soja, milho e feijão. O volume representa um
aumento de 5% em relação a estimativa de janeiro da safra passada, quando
foram colhidas 20,6 milhões de toneladas de grãos.
O volume total, se somada a safrinha (segunda safra) de milho, soja e
feijão da seca, deve ser de 32,3 milhões de toneladas – cerca de 3% inferior a
esse período da safra passada.
A boa colheita se dá apesar do calorão. “As principais lavouras de
grãos sofreram com as altas temperaturas registradas em janeiro, que
influenciaram na redução de produtividade em algumas regiões”, afirma o
secretário Norberto Ortigara.
Os próximos 15 dias ainda serão determinantes para a consolidação das
lavouras de milho e soja porque grande parte está em fase de floração e
frutificação, portanto vulneráveis às oscilações do clima.
COMERCIALIZAÇÃO
A expectativa agora fica por conta da comercialização, que está
assustando um pouco o produtor rural do Paraná. Com a recomposição dos
estoques internacionais de grãos, a tendência é que ele venda sua produção
por preços menores que em anos anteriores.
Para o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da
Agricultura, Francisco Carlos Simioni, nos últimos três anos o Paraná
produziu boas safras e o produtor conseguiu comercializar a produção por
preços mais atraentes, situação diferente da atual conjuntura de mercado
nacional e internacional para as principais commodities.
SOJA
Oscilações do clima durante o ciclo de produção e, principalmente, as
temperaturas elevadas registradas no Estado em meados de janeiro levaram os
técnicos do Deral a fazerem ajustes na estimativa de produção da safra de
soja. A previsão de colher uma safra recorde de 17 milhões de toneladas foi
reduzida para 16,4 milhões de toneladas.
A cultura ocupa uma área de 5 milhões de hectares, 3% superior a safras
anteriores e ao longo do ciclo sofreu com falta de chuvas regulares no final de
outubro e novembro do ano passado que atingiu principalmente os plantios mais
precoces na região Oeste. No Norte Pioneiro, as lavouras sentiram mais o
aumento das temperaturas nesse início de ano, fatores que influenciaram na
redução da produtividade.
Cerca de 4% da área plantada está colhida e do restante a maior parte
encontra-se em fase de floração e frutificação. Os produtores estão de olho
no clima dos próximos dias e mais cautelosos com a comercialização da
produção. Esse mês houve avanço de apenas 1% na venda da safra, que passou
de 10% da safra vendida no mês passado para 11% esse mês. No ano passado, no
mesmo período 24% da safra de soja já estava vendida.
MILHO
Também foi iniciada a colheita do milho da primeira safra, sendo que 6% da
área plantada já foi colhida. Na região Sudoeste do Estado, a produtividade
média está alcançando entre 9 mil a 9,5 mil quilos por hectare. A maior parte
das lavouras ainda está em fase de floração e frutificação, portanto
vulnerável à oscilações do clima.
Segundo o Deral, a primeira safra de milho no Paraná é uma safra pequena.
Neste ano serão colhidas 4,6 milhões de toneladas, o que corresponde a uma
queda de 16% sobre a safra passada que também já foi pequena.
Também para o milho, a expectativa do produtor é com relação ao preço.
Atualmente o grão está cotado a R$ 20,73 a saca com 60 quilos, considerado um
preço razoável, com perspectiva de se manter mais regular em relação aos
demais grãos. A segunda safra de milho começou a ser plantada e a expectativa
é de colher 9,9 milhões de toneladas do grão.
FEIJÃO
A primeira safra de feijão está com 81% da área colhida. A estimativa do
Deral aponta para uma safra de 332 mil toneladas, uma redução de 17% em
relação ao mesmo período do ano passado. A queda na produção está sendo
provocada pela redução área plantada em 19% na comparação com o ano
passado. O aumento acentuado das temperaturas, estiagem e chuvas na colheita
contribuíram para redução de cerca de 8% na produtividade.
O rendimento médio do feijão que vem sendo obtido é de 1.733 quilos por
hectare, ainda assim 3% superior à safra do ano passado.
Os preços do produto estão atraentes e a estimativa é que cerca de 50%
da primeira safra já tenha sido comercializada. O feijão de cor teve uma
valorização de 88% em um ano. Em janeiro do ano passado foi vendido em media
por R$ 76,18 a saca com 60 quilos e este ano, no mesmo mês, o preço médio
recebido pelos produtores foi de R$ 143,17 a saca.
PRETO
O feijão preto teve uma valorização menor, da ordem de 3%, mas já
estava em alta no mercado. No mês de janeiro do ano passado a saca de 60 kg foi
comercializada por R$ 122,95 e esse ano, no mesmo mês, o preço médio
alcançou R$ 126,04 a saca.
O plantio da segunda safra de feijão já começou e por enquanto está
sendo estimada uma redução de 18% na área plantada. Porém, alguns produtores
já revelam indecisão em função do aumento nos preços do grão, e talvez
apostem na cultura até o mês de março que é o período que eles tem para
efetivar o plantio. Portanto, essa estimativa de queda na área plantada pode
ser revertida até lá. Com informações da assessoria de imprensa da
Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30