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GRÃOS: SNA estima safra recorde no Brasil em 2016/17

27 de dezembro de 2016
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Porto Alegre, 27 de dezembro de 2016 – As perspectivas para a safra 2016/17
são bastante positivas. É o que afirma o presidente da Sociedade Nacional de
Agricultura, Antonio Alvarenga. Segundo ele, haverá crescimento, principalmente
em relação ao milho e à soja, e a produção total de grãos deverá bater
novo recorde, podendo superar 215 milhões de toneladas.

Alvarenga ressaltou que o clima estará favorável às culturas e que,
além disso, houve uma retomada de confiança por parte dos produtores.
“Ficaram mais confiantes com o governo. Todo mundo plantou. Vai ser uma boa
safra”, afirma, lembrando que o agronegócio brasileiro, embora não esteja
imune à crise atual, sofre um impacto menor em relação aos outros setores da
economia, por estar ligado ao mercado externo de alimentos.

PREÇOS

O presidente da SNA acredita que, de forma geral, os preços no mercado
internacional podem ser um pouco menores em 2017 do que neste ano, mas boa parte
dos produtores já vendeu a produção para a próxima safra, porque considerou
que estava com um preço razoável. “O produtor antecipa determinadas vendas
quando acha que o mercado está com bom preço e a cotação do dólar está
atraente”, explica.

Apesar das boas perspectivas, Alvarenga teme pela elevação tributária
nas exportações do agro. “Isso é um verdadeiro absurdo. O setor não pode
admitir isso. Espero que o ministro Blairo Maggi consiga segurar qualquer
ímpeto tributarista”.

SAFRA RECORDE

Para o vice-presidente da SNA, Hélio Sirimarco, a safra recorde de grãos
será a grande propulsora do agronegócio brasileiro em 2017. “Se confirmada,
a produção de grãos, liderada pela soja e milho, será 15% maior do que a
anterior, quando a seca afetou especialmente a produtividade do milho”,
destaca.

Reforçando as perspectivas favoráveis, Sirimarco acredita que o agro
terá um ano bom, com aumento de negócios e de receita, não só em função do
potencial da safra de grãos, como também do aumento da produção de
proteína animal. “As exportações tendem a crescer, e é possível que haja
uma recuperação no poder de compra dos consumidores, com a queda da inflação
e da eventual reativação da economia”, complementa.

SOJA

Segundo as últimas estimativas da consultoria Safras & Mercado, a safra de
soja, que acabou de ser plantada, deverá atingir 106.085 milhões de toneladas
(novo recorde), o que representa um aumento de 9,6% em relação à safra
2015/16, de 97.150 milhões de toneladas.

MILHO

Para o milho, segundo estimativa do Rabobank, a produção de 2017 deverá
alcançar 84 milhões de toneladas, sendo 28 milhões de toneladas na primeira
safra e 56 milhões de toneladas na segunda. Os volumes do milho são
semelhantes aos estimados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e
apontam para uma recuperação em relação a colheita de 66.6 milhões de
toneladas em 2015/16, sendo 25.9 milhões na primeira safra e 40.7 milhões de
toneladas na segunda.

CANA-DE-AÇÚCAR

Segundo o vice-presidente da SNA, outro segmento que deverá contribuir
para o bom desempenho do agronegócio é o sucroalcooleiro. “Apesar de uma
safra de cana menor no Centro-Sul, a produção de açúcar vai aumentar para
atender ao grande volume de negócios efetuados para 2017, em função da forte
alta dos preços no mercado internacional”, diz Sirimarco.

CAFÉ E LARANJA

Para os segmentos do café e da laranja, de acordo com o Rabobank, as
perspectivas são positivas, principalmente graças à oferta restrita. De
acordo com relatório divulgado pelo banco, “para o suco de laranja, as
perspectivas são bastante positivas, tendo em vista que os estoques mundiais
estão muito baixos. A verdade é que, para o mundo não há outra saída a não
ser comprar o suco brasileiro”. No caso do café, o Rabobank assinala que
“é bom o cenário para preços e margens de produção, após dois anos de
problemas na oferta”.

CARNES

No setor de aves e suínos, há também um clima de otimismo, especialmente
em função da maior oferta de milho, principal componente da ração, que teve
o abastecimento prejudicado em boa parte de 2016, pelas exportações recordes
e pela quebra da safra de inverno. A Associação Brasileira de Proteína Animal
(ABPA) estima um crescimento de 3% a 5% na produção de carne de frango e de
2% na de carne suína.

Em relação à carne bovina, a Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carne (Abiec), estima que “a oferta de carne e de boi aumente
em 2017, por conta da mudança do ciclo da pecuária e da diminuição do
número de animais confinados”. No entanto, a Abiec não divulgou suas
estimativas para o volume de produção no próximo ano.

FERTILIZANTES

Outro aspecto diretamente ligado à safra diz respeito ao volume de
fertilizantes adquirido pelos produtores. Segundo dados Associação Nacional
para Difusão de Adubos (Anda), as entregas de fertilizantes para produtores
rurais no Brasil aumentaram 29,2% em novembro (em relação ao mesmo mês de
2015), alcançando 3.23 milhões de toneladas, o que resultou em recorde de
negócios no setor neste final de 2016.

De acordo com a Anda, nos 11 primeiros meses do ano, os volumes entregues
totalizaram 31.41 milhões de toneladas – aumento de 11,4% em relação ao
mesmo período de 2015, e apenas 800 mil toneladas abaixo do volume recorde
registrado em 2014, de 32.21 milhões de toneladas.

EXPORTAÇÕES

Apesar de garantir que o Brasil vai continuar a ter papel importante no
comércio internacional, o vice-presidente da SNA admite que, para 2017,
incertezas poderão afetar diretamente o agronegócio, como o comportamento do
dólar. “A grande incógnita é o que vai acontecer nos EUA no governo de
Donald Trump. Os mercados internacionais já deram sinais claros de que, caso
Trump venha a cumprir as promessas de campanha, o dólar vai registrar uma forte
valorização”, explica Sirimarco.

“Parte dessa alta já está precificada, já que o dólar no exterior
está em seu nível mais alto dos últimos 14 anos em relação ao euro, por
exemplo. O yuan, por sua vez, está nos níveis mais baixos dos últimos oito
anos em relação ao dólar”.

Esse comportamento da moeda americana, segundo o vice-presidente da SNA,
impacta diretamente os preços das commodities agrícolas dos EUA, tornando-as
mais caras e, por conseguinte, menos competitivas. “Contudo, para o Brasil,
isso pode ser positivo. Com a desvalorização do real, as commodities
brasileiras ficam mais competitivas no mercado internacional”, observa.

Um exemplo que retrata bem essa situação foi a forte valorização do
dólar que ocorreu no segundo semestre de 2015, e que possibilitou ao Brasil
bater o recorde histórico das exportações de milho (mais de 30 milhões de
toneladas), fazendo com que o país se tornasse o segundo maior exportador do
mundo, somente atrás dos EUA. As informações partem assessoria de imprensa da
Sociedade Nacional de Agricultura.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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