O Governo do Rio Grande do Sul criou grupo de trabalho para estimular a produção e certificação da carne orgânica. A iniciativa é do plano RS Sustentável e tem o objetivo de oferecer um produto com maior rentabilidade ao produtor e mais saudável ao consumidor. A iniciativa também busca a preservação do Bioma Pampa, explica o coordenador do programa, Francisco Milanez.
Integram o grupo as secretarias de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Emater, Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), técnicos de organizações não governamentais e produtores de bovinos, suínos, ovinos e aves.
Já ocorreram duas reuniões do colegiado. A próxima será com degustação da carne orgânica numa atividade com o governador Tarso Genro, em agosto, no Galpão Crioulo, do Palácio Piratini. A primeira etapa do trabalho é reunir o maior número de produtores que desejam fazer a conversão para o modo orgânico. Estima-se que o produto possa ter um acréscimo de até 40% no valor de comercialização e ter menor custo de produção comparado à produção tradicional.
Entre os objetivos do Governo Estadual, está o de propiciar assistência técnica àqueles que desejam adotar estas novas práticas, auxiliar na certificação e na promoção e comercialização. “Vivemos no melhor estado para produzir carne orgânica por termos campos nativos de grande qualidade, como os do Bioma Pampa, que dispõe de uma variedade de até 150 espécies nas pastagens que servem de alimentação aos animais. Esta é uma proposta concreta para preservar este bioma, que vem sendo destruído recentemente com o avanço agrícola que já dizimou 42% dos campos”, registra Milanez.
“As pessoas vêm sofrendo cada vez mais pela contaminação ambiental, onde os agrotóxicos constituem a origem de diversas doenças degenerativas e os hormônios usados têm prejudicado de forma assustadora a fertilidade humana”, acrescenta o coordenador do RS Sustentável.
Mais saúde
O sistema de produção orgânica é baseado no respeito ao meio ambiente, responsabilidade social e sustentabilidade econômica, características de um moderno mercado consumidor que busca produtos que atendam às expectativas em relação à segurança alimentar e ao bem-estar animal.
A carne orgânica segue recomendações legais e caracteriza-se por estar livre de contaminações por medicamentos e hormônios. A alimentação dos animais é também orgânica e a criação deve ter níveis considerados cômodos e dignos, como rebanhos não confinados ou privados de convívio com a natureza.
Este sistema produtivo passa por auditoria e certificação, garantindo que a carne é produzida da maneira mais natural possível, isenta de resíduos químicos e com preocupação socioambiental. Na aparência, a carne orgânica assemelha-se às carnes convencionais. A diferença está no modo de produção, que garante um produto de qualidade muito superior. Um crescente número de consumidores está disposto a adquirir produtos mais seguros, a preços mais altos, observa Milanez.
No Brasil, é recente a produção de carne orgânica, produzida apenas por duas associações na Bacia Hidrográfica do Pantanal, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Maiores informações pelo email planors-sustentavel@secdes.rs.gov.br, o número (51) 3288.6107 ou no site.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50