A indústria da suinocultura na União Europeia precisa mudar seu modelo de produção para continuar rentável no cenário desafiador que se desenha para a próxima década, diz o Rabobank. Em relatório, o banco defende que os frigoríficos trabalhem custos, eficiência, abordagem de clientes, buscando, sobretudo, reduzir os preços no mercado doméstico. “A pressão contínua das margens dos produtores e a crescente dependência das exportações força os produtores a fazerem escolhas estratégicas”, destaca.
Depois de um pico de consumo de 42,5 quilos per capita por ano e uma produção de 21,4 milhões de toneladas em 2007, o consumo de carne suína da União Europeia recuou para 39 quilos per capita por ano em 2014 e uma produção de 19,5 milhões de toneladas. Segundo o Rabobank, a queda foi motivada pelo aumento dos preços domésticos, devido à alta dos custos de produção e a uma tendência de migração de consumo para proteínas mais baratas. O preço médio da carne suína subiu 10,8% entre 2008 e 2014, ante 2000 e 2007, para 1,42 euros por quilo.
“A discrepância resultará em aumento da dependência das exportações de 500 mil toneladas para 3 milhões de toneladas daqui a 10 anos”. Segundo o Rabobank, a Ásia, com demanda crescente, deve ser o principal destino dos embarques.A avaliação é de que com a recuperação econômica na região os preços devem se manter estáveis. “Nos próximos anos, a indústria de suínos da União Europeia terá poucas oportunidades de melhorar suas margens”, diz o Rabobank. A produção deve chegar a 22,8 milhões de toneladas em 2025, 3,6% mais que em 2014. Já o consumo deve avançar em um ritmo mais lento e alcançar 20 milhões de toneladas em 2025 (+1,3%).
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50