Suinocultura

Isolamento comercial prejudicará proteínas, alerta ABPA

7 de outubro de 2015
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O lento processo de negociação para a constituição de acordos comerciais entre os países do Mercosul e outros blocos econômicos, como a União Europeia, poderá prejudicar o setor de exportador de carne de frangos e de suínos do Brasil, destaca o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.

De acordo com Turra, o anúncio da conclusão da redação e da assinatura do chamado TPP (Trans-Pacific Partnership, em inglês, Parceria Transpacífica) pelos 12 países membros colocou em alerta os exportadores do agronegócio brasileiro frente à perda de competitividade no mercado internacional.

“A ausência do Brasil nestas negociações e a estagnação de negociações importantes com outros mercados poderá colocar o país em uma situação de isolamento comercial e em desvantagem frente aos grandes concorrentes internacionais, em especial, os Estados Unidos”, destaca Turra.

Atualmente, o setor exportador de carne de frangos do Brasil embarca para 156 países pelo mundo. De suínos, são mais de 70 países. O status sanitário do país e a qualidade dos produtos são alguns dos diferenciais competitivos para os setores terem conquistado tantos mercados nos cinco continentes. Frente a negociações entre blocos, entretanto, a capacidade competitiva brasileira poderá ser reduzida

“O cenário poderá ser ainda mais complicado para os exportadores brasileiros se permanecemos na mesma situação de isolamento, enquanto os norte-americanos firmam acordos ainda mais poderosos, com regiões como a União Europeia”, desta o presidente-executivo da ABPA.

Um dos alertas para a situação brasileira neste contexto foi apontado relatório do Relatório de Competitividade Global, divulgado no fim de setembro pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). De acordo com o relatório, o Brasil caiu da 57 para a 75 posição, em um levantamento que considera 140 países dos cinco continentes. O relatório levanta questões como impostos, burocracia, leis trabalhistas, instabilidade econômica, infraestrutura, entre outros.

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