‘-LARANJA: COLHEITA ATINGE EM MÉDIA 10% DO TOTAL NO RS – EMATER

SAFRAS (05) – A partir de agora, a principal atividade na citricultura do
Rio Grande do Sul passa a ser a colheita. As frutas cítricas que estão sendo
colhidas neste período são de cultivares precoces, como as laranjas do Céu,
Umbigo Bahia, Shamouti e Seleta, as bergamotas Caí e Ponkan, e a lima ácida
Tahiti. Os preços médios recebidos pelos citricultores estão no
quadro abaixo. Em relação a preços, o ingresso de um maior volume de frutas
para comercialização fez com que os preços despencassem entre todas as
variedades.
Em relação às laranjeiras, os pomares apresentam menor carga de frutos
em comparação com o ano anterior. Os produtores executam permanente manejo da
cobertura de solo através de roçada da vegetação espontânea. No aspecto
sanitário, estão efetuando tratamentos para controle da mosca das frutas, cuja
ocorrência deverá diminuir em função dos dias frios que estão ocorrendo.
Observa-se ataque de cancro-cítrico nas variedades Umbigo, Valência e
Céu. Na Umbigo Bahia, variedade muito suscetível ao cancro cítrico, a
ocorrência desta doença causou queda de frutas, determinando baixa oferta no
mercado.
A perspectiva em relação aos preços praticados nesta safra é de que
voltem a subir e permaneçam altos nas próximas semanas. Isto se deve ao fato
que, no estado de São Paulo, que detém 73% da produção nacional de Tahiti, a
safra encaminha-se para o final. Os produtores de São Paulo têm aumentado a
exportação de fruta fresca para a Europa, o que, conjugado com a estiagem que
manteve a produção estável, permitiu que os preços permanecessem elevados.

Quadro de percentual colhido e preços das frutas cítricas no Vale do Caí
(caixas de 25 kg):
Fruta %colhido R$/cx R$/cx
30.05 16/05 30.05
Laranja Céu
Gaúcha
(precoce) 20% 15,00 12,00
Laranja Umbigo
Bahia 10% 20,00 18,00
Laranja Seleta 10% 20,00 16,00
Laranja
Shamouti 10% 18,00 16,00

Na Serra gaúcha, a pinta-preta, que é a principal doença que ataca os
citros, está sob controle, em nada preocupando os citricultores; ao contrário
da presença e ataque da mosca-das-frutas, que danifica e causa a queda de
frutos das laranjas de umbigos, altamente sensíveis a qualquer estresse.
A plena maturação e com ótimo aspecto e sabor dos frutos das
cultivares precoces, como a laranja Bahia e a bergamota Ponkan, e o início da
colheita de materiais semi-precoces, como a bergamota Pareci, associados à
constante ocorrência de frio, têm saturado o mercado, tornando-o lento e com
negócios retraídos.
Os preços médios nas propriedades são: bergamota Caí, Pareci e
Ponkan, a R$ 0,50/kg; e laranja Bahia e do Céu, a R$ 0,60/kg. Com informações
do boletim semanal divulgado pela Emater (RS).

(CBL)