As exportações de milho pelo Brasil podem bater recordes este ano motivadas por dois fatores: um atraso histórico no plantio de milho nos Estados Unidos, os maiores produtores e exportadores globais do cereal, e a alta produção brasileira no período, que pode chegar a 30 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional de Exportadores de Cereais, Anec.
A Datamar, consultoria especializada na análise de comércio exterior via modal marítimo, realizou um levantamento por meio de sua ferramenta de inteligência DataLiner, capaz de acompanhar o desempenho das commodities e de que forma elas são impactadas pelo desempenho da economia.
De acordo com Andrew Lorimer, diretor da Datamar, a safra brasileira de milho deu um salto em relação a 2017 e 2018, tornando a exportação necessária para dar vazão ao volume produzido do cereal. Além disso, o percentual da área americana considerada ruim e muito ruim está mais elevado que o registrado em 2012, quando a quebra foi significativa nos Estados Unidos.
A última vez que o Brasil vendeu quantidades significativas de milho para os Estados Unidos foi durante uma seca em 2012 e 2013. As exportações brasileiras de milho para os Estados Unidos na época totalizaram 1,7 milhão de toneladas, segundo dados do governo.
Um dos fatores que contribuem para a elevada produtividade do milho é o clima chuvoso do Brasil A Agroconsult divulgou, na última semana, um aumento em sua projeção de cerca de 2 milhões de toneladas, para 100,4 milhões de toneladas. Além do Brasil, outros países como Argentina e Ucrânia também estão com safras boas e deverão disputar os mercados que os EUA deixem eventualmente de atender. Hoje, contudo, o milho brasileiro está altamente competitivo.
Conforme noticiado no DatamarNews do dia 3 de junho, empresas como a Archer Daniels Midland, ADM, estão vendendo milho brasileiro para a Smithfield Foods nos Estados Unidos. A ADM opera mais de 270 fábricas em todo o mundo, onde grãos de cereais e plantas oleaginosas são transformadas em inúmeros produtos utilizados na alimentação, bebidas, indústrias e forragem animal. No Brasil, a empresa processa e vende soja, milho e produz alimentos para animais, além de biocombustíveis, produtos químicos e ingredientes especiais para a indústria.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50