Porto Alegre, 24 de abril de 2015 – O presidente da Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Carlos Joel da
Silva, disse hoje que a entidade apoiará a retomada da greve dos caminhoneiros,
que voltaram a promover manifestações e bloqueios em trechos das estradas
brasileiras, caso os organizadores do movimento, desta vez, permitam o
transporte de cargas vivas, leite, rações e insumos para aves e suínos.
O dirigente destacou que a Fetag entende as reivindicações dos
caminhoneiros, porém lembra que o setor agrícola sofreu diretamente com a
paralisação dos motoristas realizada em março. Além disso, o RS foi um dos
estados mais afetados. “Entendemos a pauta deles, mas eles têm que entender
que o nosso produto em grande parte é perecível. Por isso os bloqueios causam
prejuízos ao produtor, que é parceiro deles”, explicou.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), representante dos
caminhoneiros, voltou a exigir a criação de uma tabela de preço mínimo para
o frete. Como não houve acordo com o governo, eles reiniciaram os atos de
protesto. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto,
repetiu ontem, que essa proposta de tabela impositiva não teria respaldo legal,
sendo, portanto, inconstitucional. Além disso, segundo ele, essa tabela teria
enorme dificuldade de ser operada devido à grande variedade de características
dos caminhões e da carga transportada no País.
“Para buscar os direitos deles (dos caminhoneiros), não podem prejudicar
os colegas que produzem a matéria-prima que eles carregam no dia a dia”,
explicou Joel. De acordo com o presidente, dependendo da evolução dos
protestos, a entidade procurará os líderes das manifestações para negociar a
situação do transporte de mercadorias agrícolas. “Se for trancado tudo para
trazer prejuízo aos agricultores, não apoiaremos a causa”, completou. As
informações partem da assessoria de imprensa da Fetag/RS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45