O mercado de milho deve registrar alta nos próximos meses, motivado pelo avanço na colheita dos Estados Unidos e pelo clima na América do Sul. De acordo com a consultoria INTL FCStone, a estimativa de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica uma produção de 11,34 ton/ha de milho, número que representa um novo recorde histórico.
Segundo João Macedo, analista da consultoria, os Estados Unidos exportaram 16,88 milhões de toneladas do grão entre julho e setembro, um aumento de mais de 80% em comparação com o embarque de 9,34 milhões de toneladas no mesmo período de 2017. “O bom desempenho das exportações está ligado à quebra de safra no Brasil e Argentina, países que juntos exportaram no período apenas 13,71 milhões de toneladas, 37% a menos que em 2017”, afirma.
Para a América do Sul, existe uma tendência de aumento na área, principalmente no Brasil e na Argentina. Nesse cenário, a estimativa da INTL FCStone para a safra de 2018/2019 é de um suave aumento de 2,11% para a área de milho verão, que deve chegar em 5,2 milhões de hectares.
No entanto, a área ainda está 15,3% abaixo dos 6,14 milhões de hectares semeados em 2014/2015, já que o milho brasileiro vem perdendo espaço para a soja. “Caso um aumento de área também seja verificado na safrinha e não sejam verificados problemas climáticos, a oferta, os preços e a exportação brasileiros tendem a se normalizar no próximo ano”, comenta.
Na Argentina as estimativas podem recuar, fazendo com que o cereal também dê espaço para a oleaginosa. Isso acontece porque a guerra comercial travada entre a China e os Estados Unidos está fazendo com que os asiáticos busquem alternativas para comprar soja fora na América do Norte.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30