MERCADO EUROPA: Ações operam majoritariamente em queda com temores sobre taxas de juros

Porto Alegre, 6 de junho de 2023 – Os principais índices do mercado de ações europeu operam
majoritariamente em queda na manhã desta terça-feira, refletindo as preocupações dos
investidores em relação à desaceleração do crescimento global e as futuras decisões sobre as
taxas de juros. Dados econômicos negativos tanto nos Estados Unidos quanto na Europa têm aumentado
as incertezas em relação à saúde econômica mundial.

Na segunda-feira, dados fracos de atividade do setor de serviços dos Estados Unidos
contribuíram para a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano),
mantenha suas taxas de juros inalteradas durante a próxima reunião, marcada para a próxima
semana. O resultado, entretanto, reacende as preocupações sobre a desaceleração da maior
economia do mundo.

No início da sessão desta terça-feira, foram divulgados números que mostraram uma queda
inesperada de 0,4% nas encomendas às fábricas alemãs em abril. Essa queda ilustra as perspectivas
sombrias para a maior economia da Europa, que enfrenta uma recessão técnica atualmente.

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto final da zona do euro,
considerado um bom indicador da saúde econômica geral, divulgado na segunda-feira, mostrou que a
atividade empresarial foi sustentada no mês passado pelo setor de serviços dominante, compensando
um declínio cada vez maior na indústria.

Enquanto os mercados estão cada vez mais confiantes de que o Fed interrompa os aumentos das
taxas na próxima semana, o Banco Central Europeu (BCE) parece estar em outro caminho, já que a
inflação continua sendo um grande problema na região. A presidente da instituição, Christine
Lagarde, reforçou as expectativas de novos aumentos ao afirmar ontem que era muito cedo para
considerar um pico na inflação, apesar dos “sinais de moderação”.

“O Fed entrou em seu período de silêncio pré-reunião com a probabilidade de um aumento de 25
pontos-base em 14 de junho bem abaixo de 50%, e acreditamos que há pouco que o Banco Central
Europeu (BCE) possa dizer para realmente causar uma reconsideração hawkish de sua trajetória de
taxas. Como evidência, temos a falta de reação do mercado a várias autoridades incluindo
Christine Lagarde e Joachim Nagel – afirmando que a inflação continua muito alta. As principais
razões, acreditamos, são que os mercados já estão precificando dois aumentos de 25 pontos-base
do BCE até o final do verão e que os bancos centrais têm sido explícitos de que os dados
econômicos determinarão o caminho para a política monetária”, dizem os especialistas do ING em
relatório.

Enquanto isso, na Austrália, o banco central do país (RBA) decidiu elevar as taxas de juros em
0,25 ponto percentual (pp), alertando que a inflação ainda permanece muito alta e que mais aperto
monetário pode ser necessário ainda este ano.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices europeus por volta das 09h41 (horário
de Brasília):

FTSE-100 (Londres): -0,05%, 7.596,49 pontos
DAX-30 (Frankfurt): 0,00%, 15.964,45 pontos
CAC-40 (Paris): -0,12%, 7.192,30 pontos
FTSE MIB (Milão): -0,13%, 26.823,1 pontos
IBEX-35 (Madri): -0,27%, 9.263,70 pontos
SMI-20 (Zurique): +0,55%, 11.477,80 pontos
PSI-20 (Lisboa): -0,10%, 5.883,05 pontos

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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