O mercado suíno registrou uma semana mais acomodada nos negócios, com uma menor fluidez entre o atacado e o varejo. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, mesmo com o enfraquecimento na demanda, os preços não chegaram a cair. “O cenário de cautela prevaleceu ao longo dos últimos dias e a expectativa é de que o consumo possa melhorar somente na primeira quinzena de maio, com a entrada de salários na economia”, disse.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil ficou em R$ 3,83 nessa semana, sem alterações frente à anterior. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou em R$ 7,29, sem modificações frente à semana passada. A carcaça registrou um valor médio de R$ 6,29, também sem mudanças na variação semanal.
Maia afirma que o custo de produção em queda no Brasil, contribuindo para o aumento da margem operacional da atividade, ainda que o desempenho dos embarques siga bem aquém do esperado.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 61,9 milhões em abril (14 dias úteis), com média diária de US$ 4,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 29,4 mil toneladas, com média diária de 2,1 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.110,50.
Em relação a março, houve baixa de 13,4% na receita média diária, perda de 16% no volume diário e avanço de 3,2% no preço. Na comparação com abril de 2018, houve aumento de 27,5% no valor médio diário exportado, incremento de 27% na quantidade média diária e ganho de 0,4% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Maia disse que o mercado suíno segue otimista quanto à ampliação dos embarques nos próximos meses, principalmente para China, que sofre com desequilíbrio de oferta interna por conta da peste suína africana.
A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 82,00, sem alterações ante a semana anterior. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 3,30 ao longo da semana. No interior a cotação permaneceu em R$ 3,95. Em Santa Catarina o preço do quilo na integração se manteve em R$ 3,30. No interior catarinense, a cotação continuou em R$ 4,10. No Paraná o quilo vivo seguiu em R$ 4,00 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo permaneceu em R$ 3,53.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração continuou em R$ 3,30, enquanto em Campo Grande o preço seguiu em R$ 3,45. Em Goiânia, o preço permaneceu em R$ 4,20. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno vivo se manteve em R$ 4,20. No mercado independente mineiro, o preço também continuou em R$ 4,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis avançou de R$ 3,60 para R$ 3,62. Já na integração do estado a cotação se manteve em R$ 3,30.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50