Porto Alegre, 10 de março de 2023 A segunda semana do mês de março encerrou com volume
restrito de negócios reportados no mercado doméstico de trigo. Os moinhos estão abastecidos e
vão ao mercado apenas quando encontram negócios de ocasião que possibilitem melhorar o preço
médio de suas aquisições.
Os produtores estão com o radar voltado para a safra de verão e começam a vislumbrar momentos
mais atrativos para aquisições durante o pico da entressafra. Nessa semana a percepção de que a
trajetória de queda já foi estancada foi consolidada e ganhou força a expectativa de uma
inversão de tendência. No Paraná a média das cotações no FOB interior ficou por volta de R$
1.703/tonelada na compra, o que corresponde a uma alta de 1,4% frente ao fechamento da semana
anterior. Essa foi a mesma variação percentual no Rio Grande do Sul, onde a média ficou em R$
1.425/tonelada.
No mercado externo as vendas gaúchas são obstadas pela forte concorrência de outros
fornecedores: Russia e Austrália principalmente. Esses países negociam trigo com 12,5% de
proteína por menos de US$ 300/tonelada. Para competir com essas origens, o preço de venda no
interior gaúcho teria que ser próximo a R$ 1.355/tonelada. Além disso, cada vez é mais
complicado fechar lotes com 12,5 de proteína. Entretanto, a perspectiva de preços mais firmes é
corroborada pelo avanço significativo da comercialização no Rio Grande do Sul e pela viabilidade
de venda do produto desse estado para outras UFs, em especial o Paraná. Para esses destinos as
indicações de preços são bem melhores que as ofertadas pelos compradores internacionais
Chicago
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais
altos. O mercado registrou uma manhã bastante volátil, mas firmou-se no território positivo,
consolidando uma recuperação frente às perdas das últimas sessões. A fraqueza do dólar frente
a outras moedas correntes e a alta do petróleo apareceram como fatores de suporte aos ganhos
registrados.
Apesar do dia de alta, os contratos com entrega para maio de 2023 encerraram a semana com perdas
acumuladas de 4,34%. Com a queda, é a quarta semana seguida que o cereal registra baixa na Bolsa de
Mercadorias de Chicago.
Os contratos com entrega em maio encerraram cotados a US$ 6,79 1/4 por bushel, alta de 13,50
centavos de dólar, ou 2,02%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em julho
eram negociados a US$ 6,90, com ganho de 13,00 centavos de dólar ou 1,92%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,32%, sendo negociado a R$ 5,2080 para venda e a
R$ 5,2060 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1510 e
a máxima de R$ 5,2210. Na semana, a valorização foi de 0,17%.
Agenda de segunda
– O Banco Central divulga, às 8h30, o Relatório Focus com as previsões do mercado para a
economia.
– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 12h.
– O Ministério do Desenvolvimento, da Indústria. do Comércio e do Turismo divulga, às 15h, a
balança preliminar de março.
– Dados de comercialização de soja, milho e algodão no MT – Imea, 16h.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45