Porto Alegre, 6 de setembro de 2022 – A área de milho na campanha 2022/23 apresentaria uma
queda de 5%, atingindo 8,2 milhões de hectares em relação aos 8,7 milhões de hectares plantados
no ciclo anterior, segundo técnicos da Bolsa de Valores de Rosário (BCR). Com isso, são sete anos
consecutivos de crescimento interrompidos.
O acidente se deve principalmente a três fatores: clima, custos e incerteza. Em relação ao
primeiro, há uma grande probabilidade de que o fenômeno La Niña continue até dezembro, o que
afetaria o desenvolvimento do milho, particularmente.
Em termos de custos, os preços dos fertilizantes nitrogenados dispararam após a invasão russa
da Ucrânia e, devido ao uso intensivo de fertilizantes de milho, isso prejudica os resultados
econômicos da safra. Por fim, a incerteza econômica e política também prejudica as
possibilidades dos grãos amarelos, já que a soja é vista como um grão mais seguro pelos
produtores.
No entanto, espera-se um crescimento na produção de milho, com uma tendência de rendimento
que pode chegar a 54,9 milhões de toneladas, ou seja, 7,5% a mais que em 2021/22, apesar da queda
na área de superfície já mencionada.
Diferentemente do que ocorre com o trigo, os preços FOB diferidos para o próximo ciclo estão
abaixo dos preços médios de exportação da campanha atual. No entanto, a maior produção
deixaria um saldo exportável de 38,5 milhões de toneladas, dois milhões de toneladas acima da
campanha atual, portanto, esse maior volume mais do que compensaria a ligeira queda nos preços de
exportação. Com informações da Agência CMA Latam.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45