Porto Alegre, 25 de maio de 2023 – O mês de abril apresentou um cenário de inflação de
0,61%, mais um mês de redução, de diminuição do ritmo inflacionário, apesar do indicador vir
acima das expectativas, ainda assim é uma desaceleração, o que traz boas novas para os produtores
e pecuaristas. Um dos principais pontos que levaram a esse movimento deflacionário é a expectativa
de recorde de produção de milho.
O cereal é um importante componente para a produção, por exemplo, de alimentos de origem
animal, como carnes, leite, manteiga e ovos. Tudo isso contribui para um movimento positivo, visto
que o milho é usado como base de alimentação para os animais que vão dar origem a estes
alimentos.
A projeção mais atualizada segundo o último levantamento da Conab sugere uma produção de
314 milhões de toneladas (de grãos), aproximadamente, para a temporada 2022/23 que, em
comparação com a 2021/22, mostra um crescimento de 15% (a safra de milho é estimada em 124,9
milhões de toneladas). É um crescimento volumoso, principalmente de uma safra para outra. Isso
trouxe os preços do milho para patamares que não eram vistos desde 2018 e 2019, o que aliviou
muito o custo de produção do produtor.
Outro componente importante que acabou trazendo esse movimento deflacionário, essa diminuição
do ritmo da inflação, na verdade é que pode ser observado nos telejornais e principalmente na
mesa do consumidor, por exemplo, é o preço da carne bovina caindo. Ela está caindo, no varejo, em
torno de quarto 4%. O preço não conseguiu acompanhar a mesma queda do boi, que é a
matéria-prima, obviamente, para a produção de carne.
O boi gordo no Brasil caiu em torno de 22% do ano passado para cá. A carne caiu 4% na
comparação do mesmo período do ano passado. Mesmo com a liberação da exportação da carne
bovina para a China, o preço vem se mantendo estável e o brasileiro comprando mais da proteína
bovina.
Esse cenário pode ser explicado também pelo comércio exterior, com aspectos importantes como
a queda do dólar e maior confiabilidade da indústria brasileira. Segundo o diretor da Efficienza,
Fábio Pizzamiglio, o fator principal para a diminuição do preço da carne está ligado ao preço
de grãos, que tiveram uma queda no valor este ano. “Nos últimos anos, os produtos se tornaram mais
caros, principalmente com o impacto da Guerra da Ucrânia, fazendo com que o custo total para a
pecuária ficasse mais cara naquele período. Desta forma, os produtores podem ter uma expectativa
melhor para esse ano, até mesmo considerando a exportação da carne brasileira”, declarou.
Mesmo com a queda, o Brasil ainda exportou 42,809 mil toneladas de carne bovina apenas na
primeira semana de maio, segundo os dados da Secex. Durante os anos de 2020 até 2023, o preço da
carne teve um aumento de 70%, fazendo com que a carne ficasse inacessível para muitos brasileiros.
Pesquisas apontam que não é apenas a carne vermelha que vai ter uma queda no valor, o frango e o
porco também devem ficar mais baratas nos próximos meses. As informações partem da assessoria de
imprensa da Efficienza.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 27/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 66,00Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30