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MILHO: Boletim Logístico da Conab aponta recorde nas exportações, com 6,17 mi de t

23 de fevereiro de 2023
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Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2023 – As vendas internacionais de milho em janeiro deste ano
atingiram o recorde de 6,17 milhões de toneladas, um volume 126% maior do que o mesmo período do
ano passado, quando o país exportou 2,73 milhões do cereal. A maior movimentação alcançada no
mês de janeiro até então tinha sido registrada em 2016, quando o país enviou 4,4 milhões de
toneladas para o mercado mundial. As análises constam na edição de fevereiro do Boletim
Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na última sexta-feira (17).

De acordo com o estudo, a firme demanda teve como principal origem os importadores da China, que
abriram seus mercados para o cereal brasileiro no final de 2022, sendo destino de aproximadamente
1,16 milhão de toneladas do milho nacional no ano passado, com a maior parte embarcada em dezembro
de 2022, representando 18% do total exportado no último mês do exercício passado. Esse desempenho
ocorreu também em virtude da boa safra de inverno no país, que ampliou a disponibilidade do cereal
para embarque.

Por outro lado, o gráfico de evolução das exportações aponta que os embarques de soja
atingiram apenas 840 mil toneladas no início deste ano, contra 2,45 milhões em igual período de
2022, representando uma queda de 66%. Segundo o boletim, isso seria o reflexo do menor ritmo
observado na comercialização interna desde a temporada anterior, além das quebras ocorridas nas
safras sul-americanas em 2022/2023 e a manutenção da forte demanda internacional, que provocaram
redução nos estoques mundiais da oleaginosa e deram suporte para a continuidade de alta nas
cotações.

Segundo o superintendente de Logística Operacional da Conab, Tomé Gutch, a crescente
produção agropecuária e o aumento na geração de excedentes exportáveis pelo Brasil revelam a
necessidade de prioridade da infraestrutura nacional. É necessário um olhar mais atento para a
solução dos desembaraços que reduzam a burocracia e estimulem a diversificação dos
investimentos – sejam públicos ou privados – em segmentos como armazéns, rodovias, ferrovias e,
especialmente, nos portos, onde os esforços deveriam priorizar o aumento de desempenho daqueles
situados no Arco Norte, com uma matriz que avança a cada ano para o centro do país. Isso sem
desconsiderar as instalações tradicionais localizados no Sul do país, que também necessitam de
ações sistematizadas, relacionadas à administração dos problemas de dragagens no curto prazo e
promoção da competitividade entre os produtos, permitindo a redução dos custos logísticos em
toda a cadeia que reflita no aumento da competição entre os usuários.

Frete

As análises do Boletim Logístico mostram que no estado de Mato Grosso os preços dos fretes
rodoviários permaneceram estáveis durante o período de entressafra. No entanto, a partir de
dezembro de 2022, começaram a apresentar reações devido ao início da colheita da soja e das
entregas de insumos para o plantio do milho e algodão, principalmente fertilizantes e sementes.
Durante o mês, os preços foram reajustados com expressividade. No estado de Mato Grosso do Sul, os
preços observados nas diversas rotas acompanhadas também registraram elevação neste mês.
Segundo relatos dos agentes transportadores, as movimentações de milho e farelo em rotas
domésticas tiveram incrementos acentuados em relação aos quantitativos tradicionalmente
transportados.

Em Goiás, as principais demandas por fretes concentraram-se no entorno da região de Rio Verde,
que tiveram como destino os portos de Santos-SP e Guarujá-SP, e ainda terminais de Uberaba-MG. Já
no Distrito Federal, os preços praticados em janeiro começam a mostrar sinais de recuperação
depois de um longo período de depreciação, impulsionados, principalmente, pela alta no valor do
diesel, além da expectativa de intensificação da colheita de soja prevista para os próximos 20
dias e do início da realização de contratos pelas transportadoras.

No estado do Paraná, milho e soja foram responsáveis pelos aumentos observados nos valores dos
fretes no estado. As duas culturas apresentam situações parecidas: com a chegada da safra 2022/23,
há necessidade de se esvaziar os armazéns que ainda apresentam estoques do ciclo 2021/22 para
comercializar. No caso da Bahia, os fretes em janeiro de 2023 apresentaram tendências de aumento,
face à forte demanda de cargas transportadas, notadamente no extremo oeste baiano, onde os
registros foram mais frequentes, atribuídos ao início da colheita de grãos.

As análises mostram ainda que, em Minas Gerais, o mercado de fretes apresentou números
expressivos nas diversas rotas acompanhadas pela Conab. A situação se agravou pelo excesso de
chuvas, com a ocorrência de atoleiros nas estradas vicinais e a morosidade nas cargas/descargas nos
armazéns, que contribuíram para o aperto do quadro operacional. Já no Piauí, as operações de
frete praticamente seguiram como o ocorrido nos meses anteriores, com as empresas relatando pequeno
aumento na procura devido à finalização do plantio de soja e milho, e pela retomada das
operações de comercialização de grãos. Por fim, as análises em Tocantins mostram que em
janeiro de 2023 os valores dos fretes permaneceram estáveis em relação ao mês anterior, mas que
o cenário tende a mudar em fevereiro com o início da colheita de soja e retirada da produção do
campo, com destino aos armazéns e ao processamento.

As informações são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

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Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

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Estrela Alimentos - creche e term.

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Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
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