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MILHO: Brasil deve produzir 65,5 mi de t, aponta IBGE

6 de setembro de 2016
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Porto Alegre, 6 de setembro de 2016 – As condições climáticas que
prejudicaram a 1 safra de milho, notadamente déficit hídrico, persistiram
durante a 2 safra e trouxeram consequências negativas para a produção
total. A produção estimada foi de 65,5 milhões de toneladas de milho, 3,7%
menor que a avaliada em julho. A queda de 2,9% na estimativa do rendimento
médio foi o principal fator responsável por essa redução, pois são
esperados agora 4.275 kg/ha, contra 4.403 kg/ha avaliados no levantamento
anterior.

A 1 safra de milho registrou nova redução da produção. Espera-se
obter 24,6 milhões de toneladas, decréscimo de 2,3% em comparação com julho
(-567.570 t). A área colhida também foi reduzida em 2,5% e estimada em 5,1
milhões de hectares. Neste levantamento de agosto são considerados perdidos
234 288 hectares do milho em grão plantado como 1 safra. O rendimento médio
variou positivamente em 0,2%, passou de 4.805 kg/ha para 4 816 kg/ha na
avaliação de agosto.

As Unidades da Federação que mais influenciaram a redução da
expectativa de produção nesta avaliação da 1 safra de milho, frente a
julho, foram: Bahia, que reduziu em 510.427 toneladas (-28,6%), Paraíba,
reduzindo a expectativa de produção em 39.586 toneladas (-63,2%), Ceará,
menos 9.626 toneladas (-7,0%), Alagoas menos 7.067 toneladas (23,8%), Goiás
menos 4 830 toneladas (0,3%), Rio Grande do Norte menos 1.565 toneladas (24,5%)
e Espírito Santo menos 1.170 toneladas (3,1%). A estiagem e altas temperaturas,
em diferentes graus de atuação, foram as principais causas da redução da
produção destas UF.

As avaliações de agosto para o milho em grão 2 safra foram menores em
2,0 milhões de toneladas, variação negativa de 4,6% frente às informações
de julho. Reavaliação negativa do rendimento médio em 4,6% determinou a menor
expectativa de produção, avaliada em 40,9 milhões de toneladas. As longas
estiagens enfrentadas por todo o território nacional, notadamente nas áreas de
produção dos Cerrados brasileiros, continuaram a ser reavaliadas na presente
informação. O rendimento médio foi estimado em 4.005 kg/ha.

Em agosto, as previsões negativas da produção que mais influenciaram
este levantamento foram as do Mato Grosso do Sul, variação negativa de 961.167
toneladas (-13,8%); Sergipe declínio de 567.745 toneladas (-70,0%), Paraná,
redução de 322.365 toneladas (-2,9%), Goiás menor 76.299 toneladas (-2,0%) e
Rondônia, decrescendo 26.140 toneladas (-5,0%).

Nesta avaliação de agosto, os estados do Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul
e Goiás, tiveram suas expectativas de rendimento médio reduzidas em 14,3% e
1,3%, respectivamente, ainda em decorrência de falta de chuvas entre os meses
de abril e maio, ocasião da formação das espigas, causando declínio na
estimativa de produção.

Revisão: Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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