Porto Alegre, 16 de janeiro de 2019 – A colheita do milho iniciou no Rio
Grande do Sul. Em áreas onde o plantio ocorreu já a partir de agosto, as
primeiras lavouras já começaram a ser colhidas. Na avaliação da Federação
das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), as
produtividades apresentadas já nesta largada indicam uma boa colheita do
grão.
Segundo o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, o milho já tem uma área
reduzida no Rio Grande do Sul, onde segundo o levantamento de janeiro da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a área foi de 753,9 mil hectares,
mas a cultura está cada vez mais verticalizada, sendo plantada com mais
tecnologia e envolvimento dos sistemas de irrigação. “Mesmo com esta área
menor, a cultura tem experimentado um aumento de produção em função do
aumento de produtividade no Rio Grande do Sul”, destaca.
Pires lembra que a janela de plantio do milho é maior e que esta é uma
das características da cultura no Estado, quando se começa a se plantar em
agosto, em regiões mais quentes, especialmente na costa do Rio Uruguai, e
depois vai evoluindo até ir para áreas mais frias, como os Campos de Cima da
Serra. Observa que mesmo a as chuvas fortes que vem ocorrendo não haverá
problemas. “As chuvas atrapalham um pouco, mas não temos histórico de muitas
áreas de milho em regiões alagadas. Perdas por causas destas chuvas não temos
notícias, a não ser questões pontuais”, ressalta.
Entretanto, o presidente da FecoAgro/RS analisa que os preços devem ser o
fato negativo da safra de milho, pois o início de colheita exerce uma pressão
sobre as cotações do grão. Pires avalia que esta falta de equilíbrio
atrapalha no momento da comercialização. “É ruim para quem compra e quem
vende, mas principalmente para o produtor que planta e começa a desacreditar na
questão de estabilidade de preço e isto se reflete em redução de área.
Não digo que tivesse que ficar em um patamar tão alto pois prejudica quem
produz carnes e leite, mas seria interessante se ele tivesse uma manutenção de
preços em patamares médios e não derretesse tanto na hora da safra”,
analisa.
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 05/08/2025 09:30