Porto Alegre, 15 de dezembro de 2021 – Os impactos do fenômeno climático
La Niña – marcado por tempo seco e chuvas irregulares – já ameaçam as
estimativas da produção do milho verão no Rio Grande do Sul, principalmente
na região noroeste do estado, segundo dados da Emater/RS. Para o pesquisador em
Entomologia na Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), Glauber Renato
Stürmer, a instabilidade do clima pode ser favorável para a incidência da
cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).
“Este é um inseto-vetor, ou seja, não ocasiona danos expressivos
diretamente, mas de forma indireta. O problema é causado quando a praga,
durante o processo de alimentação, desempenha o papel de transmissora dos
patógenos causadores dos enfezamentos pálido e vermelho do milho. Os danos
podem chegar em até 100% da produção do grão, inviabilizando a lavoura”,
ressalta o especialista.
Procurando uma melhora neste cenário e um maior controle da praga na safra
2021/22 de milho, a Bayer desenvolveu o Esquadrão de Combate à Cigarrinha,
uma rede colaborativa, entre agricultores, pesquisadores e a agtech Farmbox,
para o monitoramento das lavouras do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do
Sul. O projeto, iniciado em julho deste ano e finalizado em novembro, impactou
194 cidades dos três estados, das quais 350 fazendas receberam a instalação
de 832 armadilhas para a praga. Durante o período foram realizadas mais de
7.500 visitas para georreferenciamento do talhão e monitoramento.
“Esta iniciativa é a chave para evitar os danos causados pelo inseto. O
nosso foco é auxiliar o produtor a resolver esse problema que está impactando
significativamente a rentabilidade do milho”, explica o diretor executivo de
negócios de milho da Bayer, Rodrigo Nuernberg.
Para coletar as informações que foram utilizadas pelo time de campo, foi
feita uma visita de georreferenciamento do talhão e, logo em seguida, da equipe
técnica para o monitoramento. As visitas foram realizadas em intervalos de 7 a
10 dias ao longo do ciclo da cultura. “Com a inspeção da lavoura,
conseguimos identificar quais pragas estavam no campo e estimar a densidade
populacional, os danos causados pelos insetos e a ocorrência do controle
natural. Quando a presença da cigarrinha é detectada, o time de campo recebe
os dados gerados e aconselha o produtor sobre o manejo mais eficiente no
cultivo”, reforça Nuernberg.
Para Stürmer, os dados são cruciais para um maior controle dos riscos,
assim como o gerenciamento dos custos durante a safra. “Com este projeto, o
agricultor faz um manejo bem mais robusto, com mais aplicações em regiões que
mostram maior risco. Desta forma ele consegue se precaver e tomar decisões
mais assertivas”, reforça o entomologista da CCGL.
Importância do manejo integrado
Stürmer destaca que os produtores precisam estar conscientes de que a
adoção de uma única estratégia de manejo, de modo isolado, não é
suficiente. “Para reduzir e prevenir a manifestação da praga nas lavouras, é
necessário manejar a cigarrinha do milho praticando o Manejo Integrado de
Pragas (MIP), considerando o monitoramento, o uso de híbridos de milho com
maior tolerância aos enfezamentos e as medidas de controle químico”,
completa.
Como resposta a essa necessidade e a importância de sementes que sejam
mais resistentes a diferentes intempéries, seja de clima, pragas e outros, a
Bayer lançou o híbrido de milho Agroceres 8701PRO3 (verão tropical). A nova
variedade, indicada principalmente para as lavouras dos estados de São Paulo,
Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além de ser tolerante ao complexo de
enfezamento, também tem potencial produtivo nos ambientes com produção média
e alta, estabilidade nos diferentes ambientes e ciclo precoce. “Ao utilizar um
híbrido de milho de maior tolerância, o potencial de dano de uma
cigarrinha-do-milho infectada, por exemplo, é reduzido em 30% a 40%”, conclui
Stürmer. As informações partem da assessoria de imprensa da Bayer.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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