Porto Alegre, 5 de junho de 2023 – Voltado para consumo humano, produção de proteína animal e
com potencial crescente para a fabricação de etanol, a cultura do milho tem sido uma aposta dos
produtores. Para esta safra de inverno, segundo dados da Conab, a área destinada para a produção
do grão, por exemplo, cresceu 1,8% em relação a 2022, alcançando a marca de 21,7 milhões de
hectares. Ao mesmo tempo em que aumentam as lavouras, cresce a necessidade de se realizar cultivos
mais sustentáveis que podem ser alcançadas com o uso de tecnologias inovadoras, a exemplo do
investimento em fertilizantes biológicos, já consagrados na soja, e que agora se expandem nos
milharais.
A adoção da bactéria benéfica Azospirillum brasilense, por exemplo, pode ajudar não só a
elevar o índice de produtividade, mas levar economia para o agricultor. Estudos da Embrapa Soja
apontam uma redução de até 25% no uso de nitrogênio (N) sintético na cobertura com o uso de
inoculantes biológicos à base desses microorganismos. “Os insumos biológicos podem ajudar e muito
o produtor de milho a reduzir os custos de produção e elevar em até 10% os índices de
produtividade”, explica Fernando Bonafé Sei, gerente de serviços técnicos da divisão agrícola
da Novozymes.
Com base neste conceito, a empresa, líder mundial em soluções biológicas, tem focado em
levar a tecnologia biológica para regiões produtoras de Norte a Sul do Brasil. A Fixação
Biológica de Nitrogênio (FBN) para milho é capaz de atender até 25% das necessidades de
nitrogênio de uma planta de milho. “O valor ainda não é tão grande, mas acreditamos que a
pesquisa possa nos ajudar a elevar o percentual e substituirmos cada vez mais os insumos sintéticos
pelos biológicos”, destaca Fernando.
Além dos benefícios na produção, a adoção de microrganismos nas lavouras de milho reduz
também a pegada de carbono, uma das principais exigências do mercado internacional. Segundo estudo
da Embrapa Soja em área de milho, uma dose de 90 quilos por hectare (kg/ha) de N em cobertura, a
redução de 25% do N implica uma mitigação de 236 kg/ha de equivalentes de CO2 (considerando a
taxa de conversão de 1 kg de N = 10,5 kg de equivalentes de CO2). Em termos econômicos,
considerando o preço médio da ureia no mercado brasileiro em julho de 2022, a economia foi
calculada em cerca de R$ 260/ha.
“A adoção dos insumos biológicos em diferentes segmentos da agricultura brasileira veio para
ficar e nós estamos nos preparando com tecnologias de ponta para atendê-las”, descreve o gerente
da área técnica da Novozymes. A qualidade dos materiais, completa Fernando, é um item fundamental
para a obtenção de bons resultados no processo de fixação biológica para milho.
Por causa disso, o cuidado tanto do fabricante dos fertilizantes biológicos, quanto na
aplicação por parte do produtor precisam de cuidados especiais, principalmente no manejo. Manter o
produto em local arejado e seco e não o expor diretamente à luz solar são algumas das
recomendações para que o agricultor consiga retirar o melhor potencial do Azospirillum brasilense.
As informações partem da assessoria de imprensa da Novozymes.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 14/08/2025 10:30