Porto Alegre, 5 de dezembro de 2022 – A abertura da colheita do milho para a safra 2022/2023 no
Rio Grande do Sul já tem local e data marcados: será em 1o de fevereiro de 2023, em Jaguarão, na
Fazenda São Francisco. A informação foi divulgada durante reunião da Câmara Setorial do Milho,
realizada de forma híbrida na manhã desta segunda-feira (05) na Secretaria da Agricultura,
Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
“A data e o local da abertura oficial foram definidos por grupo de trabalho dentro da Câmara
Setorial, com o objetivo de divulgar o trabalho que vem sendo feito para o estímulo e
desenvolvimento da cultura do milho na Metade Sul do Estado. Especialmente em regiões de terras
baixas, que têm aplicado com sucesso a tecnologia de sulco-camalhão da Embrapa”, explicou o
secretário Domingos Velho Lopes.
A tecnologia de sulco-camalhão estabelece uma zona de cultivo com solo mais profundo e
descompactado, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas. Os sulcos possibilitam a
irrigação e drenagem da lavoura.
O presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS),
Ricardo Meneghetti, destacou o retorno da abertura presencial da colheita da safra do milho após
dois anos de pandemia, com a oportunidade de demonstrar o sucesso na aplicação do sulco-camalhão.
“A tecnologia está se mostrando muito viável, saindo da área experimental. Acredito que
conseguiremos ter o Rio Grande do Sul autossuficiente em milho com essa tecnologia, fazendo com que
a Metade Sul entre definitivamente na produção desse grão”, frisou.
O coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) da Seapdr,
Flavio Varone, apresentou o prognóstico climático para os próximos meses, destacando que as
chuvas foram abaixo da média nos meses de setembro, outubro e novembro.
“A chuva veio diminuindo nos últimos três meses em todo o Estado, com eventos isolados de mais
precipitação. A tendência é de redução de chuva na primavera, mas sem reflexos graves no
balanço hídrico, que se mantém dentro da normalidade”, contou.
Varone alerta para a elevação das temperaturas no final do ano, causando evapotranspiração
que pode prejudicar o balanço hídrico. “A partir de agora é que a situação fica mais
preocupante, porque as chuvas diminuem, mas as temperaturas vão ficar em elevação”, ponderou.
No entanto, os modelos meteorológicos apontam para uma perda de força do efeito La Ninã a
partir de janeiro, tendendo para a normalidade. “O La Niña deve perder força no início de 2023,
mas ainda vamos sentir seus reflexos, principalmente ao longo do mês de dezembro”, contou Varone.
O meteorologista informou que não há previsão de uma estiagem ampla, como no ano passado, mas
estiagens localizadas em determinadas regiões do Estado, que são comuns no verão. “A pior
situação será em dezembro. Mas alguns modelos que consultamos preveem chuva boa em janeiro e
fevereiro, que é quando está prevista a redução da força do La Niña. Outro ponto é que, na
estiagem anterior, experimentamos ondas de calor muito intensas e extensas. Com a perda da força do
La Niña, a tendência é termos ondas de calor mais localizadas e menos extensas, dentro da
normalidade”, finalizou. As informações são da Secretaria da Agricultura, Pecuária e
Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul.
Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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