Agronegócio

Milho: preços baixos preocupam produtores

2 de maio de 2017
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Preços baixos com perspectivas de cotações ainda menores no decorrer dos próximos meses. Pelo menos essa é a avaliação que os produtores mato-grossenses fazem nesse momento quando falam da atual safra de milho, a safrinha, que está em pleno desenvolvimento nas lavouras. Com perspectivas de uma supersafra, com produção recorde – acima de 26,5 milhões de toneladas, o que superaria o volume histórico do ciclo 2012/13 – o mercado emite sinais de pressão de baixa sobre as cotações, e a fatura que poderia ser motivo de celebração, depois de um 2016 de perdas, 2017 que poderia ser a redenção, passa a ser motivo de preocupações.

Essas impressões foram extraídas pelas equipes do Circuito Tecnológico Etapa Milho, evento realizado durante toda essa semana pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT). Mato Grosso é o maior produtor de milho do país e atinge essa marca apenas com a produção de segunda safra.

A perspectiva para a finalização da safra de milho em Mato Grosso não é boa, pelo menos no que diz respeito ao preço dos grãos. A maioria dos agricultores entrevistados se mostrou pessimista.

Conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em média, o mês de abril vai fechando com a cotação do cereal em torno de R$ 15,45 por saca, contra R$ 20,12/sc na mesma época no ano passado.

“A expectativa é de que os preços baixem. Não vamos ter a remuneração do passado, ainda mais com a safra cheia que está se desenhando”, diz Claudio de Bortoli Vibraleto, agricultor em Campo Verde (138 quilômetros ao sul de Cuiabá/MT). Ele foi um dos mais de 200 entrevistados pelas equipes técnicas do Circuito.

Em razão dos preços, a comercialização ainda está baixa nesta safra. No último boletim semanal do Imea, os dados mostravam que 43% da safra de milho estão vendidos de maneira antecipada no Estado. No mesmo período na safra passada, este percentual era de 82%.

De acordo com o gestor técnico do Imea, Ângelo Luís Ozelame, o momento é delicado porque o produtor vem de um cenário de bom preço físico e, no mercado a termo (vendas antecipadas), preço relativamente ruim. “Isso fez com que ele não fizesse a comercialização com uma expectativa de que o preço fosse melhorar. Aliado a isso, a situação da última safra colaborou para o ‘pé no freio’, pois houve alta comercialização e baixa produção, com wash out (instrumento de recompra do compromisso de entrega nos contratos)”, explica.

Ozelame reforça que é essencial que o agricultor saiba o seu custo de produção para comercializar na melhor hora. “Se o preço está dando lucratividade, é importante fazer (a comercialização) de parte da safra para que consiga se proteger de possíveis quedas, como ocorreu no último ano”, afirma.

Com o início do plantio na safra nos Estados Unidos, o mercado mundial volta os olhos para os acontecimentos no Hemisfério Norte e os preços passarão a ser embalados pelas ocorrências e especulações vindas de lá. No chamado ‘mercado de clima’, com o avanço do plantio e desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos, poderá haver ou não bons momentos de preços para novas travas ao milho e a soja no mercado.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 22/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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