Porto Alegre, 7 de outubro de 2021 – O comitê gestor do Pró-milho/RS se
reuniu nesta terça-feira (5) para debater as ações em andamento dentro do
programa e para colher sugestões de ação para o próximo ano. O comitê
gestor é composto por representantes de entidades envolvidas na cadeia
produtiva de milho, desde os produtores de grãos até a indústria de proteína
animal, um dos maiores consumidores.
“O êxito na construção do Pró-milho se deve à parceria com entidades
que compõem o conselho gestor. Precisamos criar mecanismos de fomento para
aumentar a capacidade de produção e estocagem de milho grão”, disse o chefe
de gabinete da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
(SEAPDR), Erli Teixeira.
O coordenador do Pró-milho/RS, Valdomiro Haas, listou as ações que
estão em andamento, atualmente, sob coordenação da Secretaria e da
Emater/RS-Ascar, como os eventos técnicos para difusão de informações,
realizados de forma virtual durante a pandemia, e que poderão ser organizados
regionalmente, em formato presencial, no próximo ano. “Também estão sendo
instaladas 24 unidades de referência tecnológica, ajudando a mostrar manejos
que representem ganhos de produtividade”, contou.
Para o fim desta safra, está previsto um levantamento, com 50 amostras,
para avaliações sobre perdas na colheita e orientações técnicas para
regulagem das máquinas colheitadeiras. Outro ponto de atenção do programa
será com relação à cigarrinha do milho, levando orientações de manejo a
fim de evitar a sua ocorrência nas lavouras do Estado. “Com os escritórios
municipais da Emater, temos a capacidade de atender 21 mil produtores”,
projetou. As ações estão em andamento desde junho deste ano, e vão vigorar
até julho de 2022.
Sugestões ao Pró-milho/RS
Para os integrantes do comitê gestor, a irrigação continua sendo o
principal gargalo no estímulo à produção de milho no Rio Grande do Sul. Com
o encerramento do programa Mais Água, Mais Renda, as secretarias estaduais de
Agricultura, Meio Ambiente, Fazenda e Obras estão trabalhando conjuntamente em
um decreto que institua um novo programa estadual de fomento à irrigação.
“Para as cooperativas, os principais fatores de preocupação são a
irrigação – acesso a linhas de crédito e agilidade no licenciamento
ambiental – e o custo maior de produção com a elevação de preços dos
insumos, máquinas e combustível”, enumerou Tarcísio Minetto, economista da
Fecoagro-RS. Apreensão compartilhada pelo presidente da Apromilho/RS, Ricardo
Meneghetti: “Sem dúvidas, precisamos de novas soluções para o fomento da
irrigação no Rio Grande do Sul”.
Representando o Sindicato das Indústrias de Produtos Suinos no Estado do
Rio Grande do Sul (Sips), o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, destacou o
período desfavorável pelo qual a cultura do milho passou no Rio Grande do Sul
nos últimos anos, com a ocorrência de duas estiagens e a pandemia.
“Tínhamos perspectivas negativas para esta safra devido a esse histórico,
mas se deu o inverso”, disse, se referindo à projeção da Emater/RS-Ascar de
um aumento de quase 7% em área cultivada para esta safra.
Kerber também pontuou que a necessidade de importação de 2,3 milhões de
toneladas de milho de outros estados e países em 2020 fez com que R$ 3,3
bilhões escoassem para fora do Rio Grande do Sul, sendo R$ 800 milhões só em
logística e ICMS. “Agora, com a perspectiva de importações maiores devido
aos problemas climáticos no Brasil Central e no Paraná, precisamos coordenar a
aquisição da produção de grãos dentro do nosso Estado. A previsão é de
uma demanda de 6,44 milhões de toneladas de milho para produção de proteína
animal”, finalizou. Para esta safra, a Emater/RS-Ascar projeta uma produção
total de 6,11 milhões de toneladas do grão.
Também participaram da reunião o presidente executivo da Associação
Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos; o diretor técnico da
Emater, Alencar Rugeri; e representantes da Fetag e da Associação das Empresas
Cerealistas do Rio Grande do Sul (Acergs). As informações partem da
assessoria de imprensa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento
Rural do Rio Grande do Sul (SEAPDR).
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 13/05/2025 09:50