A possibilidade de queda da tabela do frete mínimo para o transporte rodoviário de cargas pode acabar agilizando o mercado brasileiro de milho. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, o tabelamento foi o principal motivo para a paralisação do mercado.
“Mas, ela pode cair no ano que vem, na visão do consultor Alexandre Mendonça de Barros, da MB Associados. Barros participou ontem, em São Paulo, do Minerva Day. Ele comentou que um ponto positivo para os preços dos grãos pode ser o fim da tabela de frete. ‘Achamos que vai cair. Todos viram que foi um tiro no pé e causou uma distorção’. No entanto, a medida deve ser tomada no ano que vem, pois, o Supremo Tribunal Federal (STF) não pautou o assunto para antes do recesso”, comenta.
Pacheco informou que o mercado disponível de milho continua travado por causa da queda de preços do cereal verificada no sul do Paraná. Além disso, o spot movimentou poucos lotes, com a indicação dos compradores entre R$ 33 e R$ 34 a saca/CIF, com embarque imediato e pagamento em até 30 dias. Os vendedores tentam um preço maior, sem sucesso, “porém, no norte do Estado, ainda há negociações por R$ 34 ou R$ 35 nas mesmas condições”.
“A safrinha, que produziu bastante, também tem influência, já que teve um resultado forte e pode ter criado um excesso de oferta. Os contratos futuros saem a R$ 34 a saca/CIF, com embarque em fevereiro/março e pagamento no início de abril. Só na semana passada os contratos voltaram a ter indicação de preço, após algumas semanas de queda devido à tabela do frete e dos resultados da eleição. Até o primeiro turno, chegou a ficar a R$ 38, mas aí houve essa queda”, conclui.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30