Porto Alegre, 15 de junho de 2021 – Santa Catarina está entre os estados
contemplados com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra
2021/2022, para o cultivo do milho de 1a safra.
As portarias 159 a 175 do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) foram publicadas nesta semana no Diário Oficial da União
e também incluem as seguintes unidades da federação: Distrito Federal,
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre,
Rondônia, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná e Rio Grande do Sul.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa
Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, considera fundamental essa iniciativa,
já que o zoneamento permite minimizar os riscos relacionados aos problemas
climáticos, que são comuns em algumas épocas do ano no Estado. “Já
trabalhamos constantemente na busca de alternativas para suprir a escassez do
milho para atender as necessidades dos criadores e da agroindústria e ainda
temos que arcar com prejuízos causados por eventos climáticos, reduzindo ainda
mais o volume deste insumo. Neste momento, por exemplo, estamos contabilizando
os prejuízos provocados pela forte estiagem que atingiu Santa Catarina”,
observa Pedrozo ao comentar sobre a importância do Zarc.
Segundo o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, a área cultivada de
milho comercial no Estado foi de 330 mil hectares. Já, a área de milho-silagem
(aquele que é consumido na propriedade) foi 220 mil hectares, um total
aproximado de 550 mil hectares de área plantada entre os dois. A previsão
estimada de colheita era de aproximadamente 2 milhões e 800 mil toneladas de
milho comercial. Com a quebra provocada pela seca e pela cigarrinha, a previsão
é colher apenas um volume de um milhão e 500 mil toneladas. “Estamos focando
em outras alternativas para suprir a falta do milho e uma delas é o
investimento nas culturas de inverno que faremos em parceria com o Rio Grande do
Sul. Com o zoneamento temos mais uma alternativa para reduzir perdas, já que
contribui para que o produtor identifique a melhor época de plantio”.
Babieri também alerta aos produtores rurais para que fiquem atentos à
lista das variedades de milho que são resistentes à cigarrinha. A relação
dos cultivares e suas reações quanto ao enfezamento foi publicada recentemente
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A planilha
contempla 652 variedades classificadas após avaliação em campo de acordo com
sua tolerância que varia de 1(muito baixa) a 9 (alta). Os materiais confirmados
como altamente tolerantes (9) à cigarrinha foram 22 cultivares. “No momento
de investir no cereal para plantio, o produtor rural deve observar se a
variedade se enquadra nos grãos que possuem algum tipo de resistência”,
orienta Barbieri. As informações partem da assessoria de imprensa da Faesc.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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