Suinocultura

Município com apenas 7 mil habitantes abate mais de 210 mil suínos

2 de fevereiro de 2017
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A cidade de Palmitinho, situada no interior do Rio Grande do Sul, se destacou como uma potência na produção de suínos do Estado. O nome, no diminutivo, é só um detalhe perto da grandeza do município que lidera o ranking de 2016 da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). No ano passado, Palmitinho passou para a liderança no abate de suínos, com 211.379 cabeças – número considerável para uma cidade que possuí cerca de 7 mil habitantes.

Localizada no Noroeste do Estado, Palmitinho possui em torno de 110 propriedades de suínos, entre integradas e independentes, e em 2015 já se destacava figurando a segunda colocação, um pouco abaixo de Nova Candelária, que era líder com 192.306 suínos abatidos. Em 2016, Nova Candelária passou para a terceira posição, com 205.281 suínos abatidos.

Valdecir Folador, presidente da Acsurs, explica que os números da produção de suínos em Palmitinho representam para o Estado 2,3% do soma total entre as demais cidades que produzem, cerca de 200 municípios ao todo. “São 110 propriedades produtoras com cerca de 122 granjas, ou seja, algumas produções familiares acabam por instalar mais de uma unidade dentro do mesmo módulo rural”, esclarece.

De acordo com o prefeito da cidade, Luiz Carlos Panosso, foi por volta de 1985 que iniciaram as integrações no município. “Os produtores são em sua maioria integrados da JBS (filiais de Frederico e Três Passos) e Adelle, cuja matriz está localiza no município vizinho de Seberi, todas no Rio Grande do Sul”, diz. A suinocultura na cidade emprega cerca de 300 munícipes. “Empregos diretos em torno de 250 a 300, sem contar os resíduos (adubo orgânico). Beneficiando inúmeras famílias produtoras de gado leiteiro e produção de grãos”, explica o chefe do Executivo.
O resultado obtido em 2016, em terminação, representa para a economia da cidade 64,30% do PIB. Além disso, a produção de leitão corresponde a 3,24%. “Foram os altos investimentos feitos no setor agropecuário, que incluem serviços de terraplanagem, construção de açudes, melhoria no acesso a propriedade, um bom relacionamento entre integradoras e administrações essenciais para chegarmos a esses números”, entende o prefeito. “Outro fator importante a mencionar, é quanto a proximidade das empresas integradoras que favorece o deslocamento dos suínos da propriedade até seu destino final. Além disso, vale ressaltar quanto aos incentivos que são oferecidos para os proprietários que possuem ações de conservação ambiental superiores as convencionais”, acrescenta.

A cidade também investe no mapeamento das áreas em que são depositados os dejetos produzidos pelos suínos, dando maior segurança na destinação dos resíduos gerados na atividade. “O mais importante que é chegar ao topo conseguimos, agora devemos ter a responsabilidade não somente na produção mas mantendo as boas práticas e visando a correta destinação dos dejetos gerados preservando o meio ambiente”, avalia.

O Estado do Rio Grande do Sul abateu, em 2016, um total de 9.311.668 suínos. A informação é da Seção de Epidemiologia e Estatística (SEE) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi/RS), com base nas Guias de Trânsito Animal (GTAs).

Em relação a 2015, o aumento no número de abates é de 7,5%, ou seja, foram 649.475 animais a mais que no ano anterior. À lista somam-se também os animais provenientes de outros Estados, mas que são abatidos no RS. Esses Estados são Santa Catarina e Paraná com 332.657 e 1.522 suínos, respectivamente.

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Dália Alimentos* - base leitão

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Alibem - base suíno leitão

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Estrela Alimentos - base leitão

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Pamplona* base suíno leitão

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