Museu do Suíno: há 15 anos conta a trajetória da suinocultura

CACHOEIRA DO SUL – Localizado em Cachoeira do Sul, o Museu do Suíno, que completou 15 anos em 2020, é considerado o único museu com este tema na América do Sul e um dos três do mundo. Apesar de ter sido fundado em 2005, a trajetória do local começou antes, quando o médico veterinário Hiran Kunert, fundador do museu, ganhou a primeira peça em formato de porquinho na época em que ainda era estudante.

Kunert e Sandra fundaram o Museu do Suíno em 2005 Crédito: ZH/ARQUIVO MUSEU DO SUÍNO

Com o passar dos anos, Kunert,que trabalhava no setor, começou a colecionar cada vez mais miniaturas de suínos, mas foi naquele ano, motivado pelos novos conhecimentos adquiridos na época em que era professor universitário, que juntamente com a esposa, Sandra Pfülle, fundou o Museu do Suíno, com o intuito de desmistificar o suíno e destacar a importância do animal.

A partir disso, começou a reunir e catalogar peças que tinham relação com a suinocultura. “Encontramos moedas, selos, fotos, revistas, livros, roupas, objetos de cozinha, cartões postais, discos, jogos de vídeo game, equipamentos usados em granjas, objetos antigos para abate na colônia, medicamentos derivados dos suínos, produtos industrializados e muitas outras coisas”, complementa Hiran.

Para formar o acervo com milhares de peças, o museu contou com o apoio de amigos que doaram peças, coleções, objetos antigos.

Museu

Cinco salas temáticas e dedicadas a pessoas importantes na trajetória do museu abrigam as mais de 30 mil peças oriundas de 105 países, que integram o acervo.

Na primeira sala, os visitantes poderão encontrar materiais que fizeram parte da evolução, domesticação do suíno pelo homem e as raças que existem no mundo. Além disso, há também equipamentos usados nas granjas no dia-a-dia e uma maquete que de monstra os sistemas de criação.

Na próxima sala de exposições, encontra-se objetos relacionados ao abate caseiro e industrial, assim como produtos obtidos com o processamento do suíno. Os mais diversos tipos de produtos como alimentos, remédios, subprodutos, couro, gelatina, uso na agricultura e outros objetos estão expostos na sala 3 do museu, considerada a sala de curiosidades e utilidades.

A quarta sala destaca a cultura, artes e numismática. Lá os visitantes encontram cartões postais, discos CD, vinil,
livros, revistas, fitas VHS, entre outros objetos. A visita é finalizada na sala 5, considerada a principal de todas.
Nela estão expostas mais de 7 mil miniaturas de suínos, feitas de diferentes materiais.

Destaque

Entre as milhares de peças, algumas chamam mais atenção do que outras, às vezes por serem diferentes e
outras por desencadearem emoções e lembranças do passado.

Kunert explica que o javali africano empalhado está entre os itens que mais chamam atenção no local por ser
um item exótico. “Além disso, os itens relacionados ao abate caseiro dos animais trazem muitas lembranças para os
visitantes de mais idade, que voltam ao passado”, complementa.

A maquete de uma granja tecnificada, também é destaque na sala de exposições. “É onde as pessoas descobrem como se entra em uma granja, e que é necessário tomar banho. Além disso, conhecem

Crédito: ZH/ARQUIVO MUSEU DO SUÍNO

as creches e maternidades. Ficam surpresas com o processo dentro de uma granja”, conclui.

Doações

Muitos dos objetos que fazem parte do acervo do Museu do Suíno vieram de doações de suinocultores.

Quem desejar doar objetos que tiverem relação com o setor suinícola e preservá-los junto ao Museu do Suíno, podem entrar em contato.

Visitação

A visitação ao Museu do Suíno ocorre somente por agendamento e tem um valor simbólico de R$ 10 para adultos e
R$ 5 para crianças. Para mais informações ou agendar visitas, o contato deve ser feito através do 51 3722-3654 ou 99651-4400 ou pelo e-mail kunert.hiran@gmail.com

O Museu do Suíno tem ainda um site, com a possibilidade de visitação virtual. Quer conhecer agora mesmo?! Basta apontar clicar AQUI.