Orffa: é possível reduzir o custo da alimentação com um emulsificante nutricional?

Heim, G.¹, Rombola, L.G.², Kessler, A.M.³, Bruneel, B.¹; ¹Orffa Additives Holanda; ²Orffa do Brasil; ³Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Contato: rombola@orffa.com

O preço das matérias-primas tem subido e uma das razões é o reflexo da grande demanda global. De acordo com especialistas financeiros, é esperado que este aumento se mantenha pelos próximos anos, gerando necessidade de alternativas à reduzir o custo de formulação. O uso de emulsificantes nutricionais é uma das alternativas.

Função dos emulsificantes. A digestão e absorção de gorduras depende dos sais biliares (emulsificante endógeno) e enzimas. Este processo pode ser mais ou menos eficaz, e a inclusão de emulsificantes se torna interessante para melhor absorção de óleos/gorduras e outros ingredientes. Portanto, o uso de um emulsificante nutricional é essencial para melhorar a digestão de gordura e energia.

Como escolher um emulsificante? Os emulsificantes são classificados pelo balanço hidrofílico-lipofílico (BHL). Para ser eficiente no trato digestivo, onde a quantidade de gordura é infinitamente menor que a quantidade de água, o emulsificante precisa ter BHL elevado. O BHL de lisolecitinas (emulsificantes de 2ª geração), está entre 6 e 10, abaixo dos sais biliares (BHL ± 18), não sendo eficientes. A Orffa possui um emulsificante nutricional de 3ª geração, com BHL elevado, próximo ao dos sais biliares, além de BHL fixo, não variável.

Excential Energy Plus (EP): melhora no desempenho e rendimento econômico

Figura 1. Melhora no desempenho zootécnico com o Excential Energy Plus.

A Orffa conduziu testes com o EP em suínos em crescimento-terminação em diferentes países (Figura 1).

Estudo 1 (Peru): ração base milho-soja + 1,77% de óleo de soja. No grupo EP, a formulação foi reduzida em 50 kcal (inclusão de 0,79% de óleo de soja). O EP melhorou o peso final (+1,6%, 52,2 vs 51,4 kg, p<0,05)) e a conversão alimentar (CA, -2,4%, 2,06 vs 2,11 kg/kg), com uma melhora de 4,53% no rendimento econômico por suíno.

Estudo 2 (Filipinas): ração base milho-soja-mandioca com inclusão de diferentes níveis de óleo de palma. Três grupos: T1, controle; T2, EP com energia reduzida (-50 kcal); T3, EP adicionado “on top”. No grupo T2 o desempenho foi semelhante ao controle, mas com menor custo de formulação. O EP “on top”(T3) melhorou o desempenho zootécnico, o peso final (+7,6%, 94,0 vs 87,4 kg, p<0,05) e a CA (-9,0%, 2,22 vs 2,44 kg/kg, p=0,06) em comparação ao controle.

Estudo 3 (Bélgica): ração base trigo-cevada-soja + 5% de gordura (suína e destilado de ácidos graxos (óleo de coco/palma)). O EP foi adicionado “on top” e melhorou o peso final (+0,9%, 122,7 vs 121,7 kg) e a CA (-3,9%, 2,57 vs 2,67 kg/kg). Considerando a situação de mercado local o ROI foi de 5:1.
Estudo 4 (México): estudo metabólico de três fontes de gorduras (óleo de soja, gordura acidulada e gordura suína), com ou sem o EP, ração base milho + 4% de gordura. O EP aumentou a digestibilidade de todas as fontes de gorduras utilizadas (+0,54, 2,23 e 2,10% para óleo de soja, gordura acidulada e gordura suína, respectivamente).

Um exemplo local de redução do custo da ração. A inclusão de 350 g/t do EP com redução de 50 Kcal de energia em simulação com diferentes ingredientes foi preparada (base nas Tabelas Brasileiras (2017) e NRC (2012)) para demonstrar a redução no custo de formulação (Figura 2). Nesta simulação temos: milho/soja, proteína animal (farinha de carne) e farelo de arroz. O uso de proteína animal reduziu 1,14% o custo da formulação. Por outro lado, a simulação com o farelo de arroz reduziu o custo de formulação em -2,06%.

Figura 2. Redução do custo da formulação com o uso de Excential Energy Plus (EP).

Conclusão. O uso de emulsificante nutricional de terceira geração permite a redução de custo na formulação, sendo também uma ferramenta sustentável, um ganho duplo para o produtor que procura alternativas técnicas e de valor agregado.